Executivos e dirigentes de empresas com atuação no Paraná estabeleceram com representantes do governo uma parceria para a formação de mão de obra qualificada no estado. O encontro, realizado nesta terça-feira (15), contou com a participação do vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns, e dos secretários do Planejamento, Fazenda, Indústria e Comércio, Ciência e Tecnologia, além de representantes da Casa Civil e de outros órgãos e autarquias do governo.
Respondendo pela geração de 70 mil empregos diretos no Paraná, os empregadores apresentaram a perspectiva de contratação de 18 mil colaboradores nos próximos quatro anos, significando um aumento de 28% em relação ao ano de 2010. "Nossa necessidade é de profissionais qualificados, principalmente com formação em nível técnico", disse Carlos Echeverria, diretor de Recursos Humanos da Associação Paranaense de Cultura (APC-PUC/Aliança Saúde).
Segundo os executivos, as principais dificuldades para a contratação estão na baixa qualificação, falta de domínio de outros idiomas e de capacidade de gestão. A carência de profissionais com essas qualificações tem ocasionado a busca em outros estados, aumentando o custo das empresas.
"Nosso grande objetivo é abrir um canal de relacionamento com o governo para melhorar a competitividade das empresas que estão no Paraná, estabelecendo parcerias para a formação de mão de obra e melhorando também aspectos da infraestrutura, de forma a promover a atração e expansão de empresas", disse Henrique Adamczyk, diretor de TI, Processos e RH do Grupo O Boticário.
Na visão do governo, o diálogo com as empresas que geram empregos no Paraná será permanente. "Com a criação da Agência de Desenvolvimento, anunciada pelo governador Beto Richa na semana passada, atenderemos com mais agilidade as empresas que estão ou pretendem vir para o estado, além dos aspectos que já estamos discutindo para estabelecer uma política fiscal e de incentivo e de investimentos em infraestrutura e logística", disse Ricardo Barros, secretário de Indústria e Comércio.
A modernização do próprio governo nas áreas de recursos humanos e tecnologia foi apontada como uma necessidade pelo secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly. "Precisamos de colaboração para modernizar nossa estrutura de tecnologia e a metodologia de qualificação dos nossos recursos humanos", disse.
"Esse diálogo é fundamental para estabelecermos um modo de atender as necessidades mais específicas das empresas no que se refere à formação, seja por meio das nossas universidades ou por iniciativas na área de formação técnica e de educação a distância", disse Alípio Leal, secretário de Ciência e Tecnologia.
Para o secretário do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, o diálogo também deve envolver os sindicatos, federações e associações de classe. "Vamos estabelecer uma pauta positiva e os sindicatos serão parceiros nessa discussão", disse. Romanelli lembrou também que uma das metas do governo é estabelecer mecanismos para viabilizar a aplicação dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) na qualificação profissional (com informações AEN).