O Grupo Camargo Corrêa declarou nesta quinta-feira (9), por meio de nota, que irá contestar a denúncia da Secretaria de Direito Econômico (SDE) de formação de cartel no setor de cimento. A companhia diz que ainda não teve acesso à nota técnica da secretaria, mas garante que "sua conduta empresarial sempre foi pautada pelo respeito à ética e legislação concorrencial vigente".
A SDE, ligada ao Ministério da Justiça, vai recomendar a condenação de seis empresas e três entidades de classe por manipulação de preços, fixação de cota de produção e aquisição de companhias menores, como forma de manter um oligopólio no setor cimenteiro. A secretaria estima que as práticas causaram prejuízo de R$ 1,5 bilhão ao ano aos consumidores.
O Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic) e a Holcim Brasil disseram que ainda não tiveram acesso à documentação e, por isso, não tem nada a dizer por enquanto. Também não se pronunciaram a Cimentos Itambé e a Votorantim Cimentos.
A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (Abesc) informou que o seu presidente, Arcindo Vaquero y Mayor, está viajando e, por isso, indisponível para comentar o assunto.
A reportagem da Agência Brasil não conseguiu contato com a Itabira Agro Industrial.A Cimpor, que responde apenas por meio da matriz, em Portugal, e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) não retornou os contatos.