A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,24% em setembro, ante 0,15% em agosto, segundo divulgou nesta quinta-feira, 8, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio em cima da mediana estimada pelos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 0,24%. O intervalo das previsões ia de 0,15% a 0,31%. No ano, o IPCA acumula alta de 3,21% e em 12 meses, de 4,34%.
O detalhamento dos dados do IPCA de setembro mostra que o gás de botijão (3,40%) e os empregados domésticos (1,15%) exerceram as maiores pressões de alta no IPCA do mês (0,24%), sendo que cada um desses dois itens contribuiu com 0,04 ponto porcentual para a taxa mensal. Por causa dos aumentos de preços nesses dois itens, houve aceleração nos reajustes dos grupos de Habitação (de 0,47% em agosto para 0,62% em setembro) e Despesas Pessoais (de 0,27% para 0,52%).
No grupo de Transportes (que passou de -0,11%, em agosto para 0,27% em setembro), a alta foi provocada, principalmente, pelos automóveis novos (de 0,25% para 0,67%) e usados (de -1,55% para 0,86%). Houve destaque ainda nas variações nos preços das passagens aéreas (de -10,97% em agosto para 3,58% em setembro), álcool combustível (de 1,44% para 2,31%) e seguro voluntário de veículos (de -2,03% para 0,26%).
No grupo Comunicação (de -0,02% em agosto para 0,22% em setembro), o impacto de alta foi dado pela conta de telefone fixo, que ficou 0,32% mais cara, refletindo reajuste concedido pela Anatel às operadoras. O reajuste foi aplicado nas tarifas de fixo para fixo, levando em conta as ligações locais e domésticas de longa distância, a partir de 16 de setembro.
De agosto para setembro, segundo o IBGE, também se destacaram os aumentos nas variações dos artigos de Vestuário, passando de 0,13% para 0,58% "em função da nova coleção", e do grupo Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,21% para 0,30%).
Já o grupo Alimentação e Bebidas acentuou o ritmo de queda, passando de -0,01% em agosto para -0,14% em setembro.