Os funcionários dos Correios de Londrina decidiram, na noite desta terça-feira (18), entrar em greve a partir da 0h desta quarta-feira (19). A reivindicação é de reajuste de 43,7%. Deste índice, 33,7% são referentes a perdas salariais e 10% de reposição da inflação. A categoria ainda exige a negociação de R$ 200 de aumento linear, vale refeição de R$ 35 por dia e R$ 2,5 mil de piso salarial.
De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Kléber Teixeira, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ofereceu reajuste de 5,2% dos salários e dos benefícios dos seus 120 mil empregados.
"A empresa não ofereceu uma proposta razoável. A categoria até abriria mão de parte das perdas salariais, mas a proposta de apenas 5,2% desagradou".
Na assembleia de hoje, 37 pessoas votaram pela greve, 14 foram contra e o número de abstenções foi de 15. A mobilização na cidade pode não ser total, já que segundo o diretor do sindicato alguns funcionários não aderem ao movimento.
Teixeira adiantou que neste ano a paralisção pode não ser tão longa, já que nesta quarta-feira (19), os Correios participam de audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Durante o dia, a empresa divulgou nota acreditando em um acordo coletivo com as entidades sindicais.
Apesar disso, os Correios montaram um plano de contingência para garantir a prestação de serviços à população. Entre as medidas que a empresa deve adotar estão: realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões para triagem e entrega de cartas e encomendas nos finais de semana.
Em Londrina, os grevistas devem fazer uma manifestação durante esta quarta-feira no centro da cidade.