Quem passou pela avenida Dez de Dezembro na manhã desta sexta-feira (18) se surpreendeu com a aglomeração de pessoas vista em frente à sede da empresa TMT Memory. Pelo menos 120 funcionárias fizeram um protesto pedindo o pagamento dos salários referentes ao mês passado. As auxiliares de montagem teriam sido dispensadas pela firma no início deste mês, justamente na época do recebimento dos vencimentos. "Tenho filhos que precisam de comida e contas para pagar. Quero receber o que é meu de direito", disse uma das profissionais, Alessandra Ferreira, em entrevista à rádio CBN Londrina.
De acordo com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de Londrina, a empresa comunicou que as funcionárias ficassem em casa até segunda ordem. "Elas não foram demitidas, mas também não estão trabalhando. O problema é que estão sem receber por um serviço já prestado", explicou o vice-presidente do sindicato, Edson Evangelista.
O sindicalista tentou negociação com o representante da empresa em Londrina, Charles Oliveira. "Ele me disse que a empresa não pagou as funcionárias por estar com R$ 5 milhões bloqueados pela Justiça", contou. Outro problema envolve o Fundo de Garantia. "As profissionais estão sem receber o FGTS desde outubro passado", explicou.
A advogado Cristiane Bergamin, que representa as funcionárias, vai entrar com um pedido de rescisão contratual na Justiça do Trabalho. A ação deve ser procotolada na próxima segunda-feira (21). Se a Justiça decidir a favor das profissionais, a empresa vai ser obrigada a demiti-las sem justa causa. "Caso isso ocorra, elas vão ter direito ao FGTS atrasado, os salários e o seguro-desemprego", explicou.
A TMT Memory é uma empresa sul-coreana de montagem de pen drive. A firma se instalou em Londrina em 2011, depois da doação de um terreno de 10 mil metros quadrados, por parte da prefeitura, para a instalação da sede. Os representantes da empresa não quiseram comentar o assunto. (com informações da rádio CBN Londrina)