A montadora francesa Renault anunciou hoje um lucro líquido de 3,42 bilhões de euros (US$ 4,66 bilhões) no ano passado, um resultado que reverte o prejuízo recorde de 3,13 bilhões de euros em 2009, graças à recuperação das vendas de veículos, à redução de custos e às mudanças cambiais favoráveis, além da venda de parte de sua participação na fabricante de caminhões sueca Volvo. As montadoras mundiais foram severamente atingidas pela contração acentuada da demanda por novos veículos em 2009, em meio à desaceleração econômica. O resultado superou as projeções dos analistas, de lucro líquido de 2,65 bilhões de euros.
A Renault também divulgou seu plano estratégico de seis anos, no qual prevê vendas de cerca de 3 milhões de veículos até 2013, um aumento de 15% em relação aos 2,63 milhões de unidades comercializadas no ano passado, uma margem de lucro operacional de pelo menos 5% e um fluxo de caixa livre agregado de pelo menos 3 bilhões de euros.
Segundo o executivo-chefe da Renault, Carlos Ghosn, a montadora centrará foco no Brasil, que se tornará seu segundo maior mercado depois da França e acima da Alemanha em 2013. O lucro da montadora no ano cheio inclui um ganho de capital de 2 bilhões de euros proveniente da venda de parte de sua participação na fabricante de caminhões sueca Volvo e uma contribuição de 1,29 bilhão de euros de companhias associadas.
O lucro operacional da Renault foi de 1,10 bilhão de euros, o que representa uma margem de lucro de 2,8%, comparado a um prejuízo operacional de 396 milhões de euros em 2009. A receita da companhia subiu 16% em 2010, para 38,97 bilhões de euros em relação ao ano anterior, impulsionada por uma alta de 14% das vendas de veículos. O fluxo de caixa das operações automotivas da montadora totalizou 1,67 bilhão de euros, bem acima da meta da companhia, de 700 milhões de euros.