A Ford anunciou nesta quarta-feira, 9, que chegou a um acordo com os funcionários da fábrica da montadora em Taubaté, no interior de São Paulo, para aderir, a partir de março de 2016, ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), medida criada pelo governo federal para evitar demissões. Ficou acertado que os cerca de 1,2 mil trabalhadores da unidade terão suas jornadas reduzidas em 20%, mas com redução salarial de apenas 10%, uma vez que os outros 10% serão bancados pelo governo, por meio de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
A empresa e os trabalhadores ainda não definiriam por quanto tempo irá durar a adesão, mas o período máximo permitido pelo governo é de 12 meses. A Ford disse que a decisão foi tomada para adequar a produção à "significativa desaceleração da demanda automotiva". No acumulado de janeiro a novembro deste ano, as vendas de veículos novos caíram 25,15% no Brasil, em comparação com igual período do ano anterior.
Agora, a montadora vai protocolar um pedido de adesão ao programa e aguardará pela resposta do governo. Este é o segundo acordo da Ford com funcionários para adesão ao PPE. O primeiro ocorreu em setembro, com trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo. O acordo deu fim a uma greve que durou oito dias. A montadora pretendia demitir 203 empregados, mas voltou atrás após a negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.