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FMI vê vulnerabilidade de países do Golfo

09 out 2011 às 17:25

As economias dos Estados ricos em petróleo do Golfo Pérsico são vulneráveis a uma maior desaceleração da economia global, embora suas enormes reservas financeiras possam ajudá-los a mitigar o impacto de uma crise econômica mais profunda, informou o Fundo Monetário Internacional (FMI), neste domingo (9).

Os seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) estariam particularmente expostos ao aprofundamento dos problemas dos bancos e das dívidas soberanas em economias desenvolvidas ou a uma desaceleração dos mercados emergentes, segundo Masood Ahmed, diretor do FMI para Oriente Médio e Ásia Central.


O declínio subsequente no comércio e o aperto na liquidez global têm o mesmo impacto sobre os países do CCG como ocorrem entre 2008 e 2009, quando a crise da economia global levou à uma séria contração na região.


"As amplas ligações internacionais dos países do CCG os tornam vulneráveis a transbordamentos da economia global", disse Ahmed em resposta enviada por e-mail a perguntas formuladas pela Zawya Dow Jones. O CCG agrupa a Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Catar, Omã e Bahrein.


Por outro lado, Ahmed disse que o FMI não tem planos imediatos para revisar suas expectativas de crescimento para a região, já que o fundo já cortou as perspectivas em setembro.


No último relatório Perspectivas para a Economia Mundial, lançado no mês passado, o FMI baixou a perspectiva de crescimento para 2012 dos países exportadores de petróleo no Oriente Médio e norte da África para 3,9%, porcentual quer era de 4,1% em abril, mas manteve a expectativa de crescimento de 4,9% para a região em 2011.


Ahmed disse que o risco mais significativo para os países do CCG continua a ser o declínio prolongado das exportações e preços dos hidrocarbonetos como resultado da desaceleração do comércio global. Mas esses países também estão vulneráveis por causa de suas ligações financeiras com países desenvolvidos. "O prolongado declínio das exportações e dos preços permanece como (a ameaça) mais significativa, mas o risco representado pelos respingos da crise, por meio das ligações financeiras (como disponibilidade de financiamento internacional e avaliação de ativos) também são importantes", declarou ele.

Porém, Ahmed disse que os países do CCG enfrentam a possibilidade de uma desaceleração global com uma posição forte. "Como aconteceu em 2008, apoiados por suas fortes reservas internacionais, os países do CCG estão numa posição boa para adotar políticas anticíclicas e o setor financeiro suporta medidas para mitigar o impacto da crise, se necessário, afirmou Ahmed.


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