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Fiscalização mira condição de trabalho em postos do PR

13 set 2012 às 18:39

A Secretaria de Estado da Saúde vai intensificar as fiscalizações em postos de combustíveis a fim de avaliar as condições sanitárias e de saúde dos trabalhadores nestes locais. A partir da avaliação, os postos serão orientados sobre as medidas para diminuir os riscos à saúde dos frentistas, mecânicos, atendentes e outros trabalhadores. A principal preocupação é com a contaminação por benzeno, substância tóxica presente nos combustíveis.

Nesta semana, médicos, enfermeiros e outros profissionais foram capacitados em Curitiba para melhorar a vigilância em saúde e a assistência dos trabalhadores. Uma videoconferência também foi promovida para sensibilizar os técnicos das 22 regionais de saúde do Estado. "Com o passar do tempo, a exposição ao benzeno pode causar sérios danos à saúde, podendo favorecer o desenvolvimento de doenças como o câncer", disse o diretor do Centro Estadual de Saúde do Trabalhador, José Lúcio dos Santos.


Os sintomas de intoxicação crônica por benzeno são de difícil percepção, por isso é necessário realizar exames periódicos para avaliar a saúde desses trabalhadores. A liberação do benzeno é maior durante a transferência da carga de combustível do caminhão para os tanques reservatórios, mas também ocorre durante o abastecimento dos veículos. Por isso, toda a área de abrangência do posto de combustível é passível de contaminação.


EXPERIÊNCIA – Segundo o consultor da Secretaria da Saúde da Bahia, Alexandre Jacobina, que apresentou a experiência de seu Estado, mesmo os postos de combustíveis com níveis aceitáveis de benzeno oferecem riscos. "Não há limite seguro para o benzeno. Além disso, não adianta o trabalhador ter equipamentos de proteção individual se não os utiliza de forma correta", ressaltou.


De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis de Curitiba (Sindepospetro), Lairson Sena, os malefícios dessa substância são responsáveis pela maioria das queixas dos frentistas. "Eles reclamam principalmente de dor de cabeça, tontura, rinite e ardência na pele e nos olhos", afirmou Senna.

O Sindepospetro já vistoria os postos da capital e mantém parcerias com o Ministério Público e secretarias estadual e municipal da Saúde. "Se encontrada irregularidade, o proprietário do posto tem 15 dias para saná-la. Caso não haja solução, o Ministério Público é acionado para a elaboração de um termo de ajustamento de conduta", explicou Sena.


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