Foi aberta na terça-feira (11) em Arapongas, a nona edição da FIQ – Feira Internacional da Qualidade em Máquinas, Matérias Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira, que segue até sexta-feira (14) no Centro de Eventos Expoara. Com perspectivas de movimentar cerca de R$ 300 milhões em negócios, a Feira é um retrato da aposta dos fornecedores do setor moveleiro nas soluções de competitividade, produtividade e capacidade de produção de móveis com design diferenciado. "Todos os expositores trouxeram novidades para a indústria, em todos os segmentos produtivos", sublinha Wanderley Vaz de Lima, presidente do Expoara e da FIQ 2014.
Abrindo o calendário de eventos do setor moveleiro em 2014, a FIQ recebe visitantes de todo o país, representantes de pequenas, médias e grandes empresas interessados em conhecer e interagir com os lançamentos da indústria fornecedora do Brasil e do exterior. Com 200 expositores, 65% deles representantes do segmento de máquinas para madeira, o evento cresceu 13% em relação à edição anterior realizada em 2012.
Segundo o presidente da Câmara Setorial de Máquinas para Madeira da Abimaq (Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas), Marcos Antonio Muller, o crescimento do setor de tecnologia e automação para pequenas e médias indústrias moveleiras em 2013 foi significativo. "As pequenas e médias empresas estão passando por um processo evolutivo muito positivo para buscar melhorar a competitividade empresarial com redução de custos e melhores métodos produtivos sem perder a flexibilidade, que é o grande diferencial em um mercado cada vez mais disputado. Para as grandes indústrias, a busca por processos mais evolutivos e máxima utilização de recursos é rotineira", avaliou.
Para Muller, o Brasil tem muito a crescer. "Possuímos um dos melhores parques fabris e expertises no ramo moveleiro. Os altos custos logísticos e tributários é o que nos impede de sermos tão competitivos quando as empresas européias e asiáticas. A demanda do setor moveleiro no Brasil ainda está em fase de expansão devido aos reflexos da evolução na construção civil. O importante é que as empresas tenham em mente que é época de inovar, onde a otimização de recursos, redução de custos, nível de automação dos parques fabris e boas compras de matérias primas farão com que as empresas se tornem mais resistentes às oscilações do mercado, mais competitivas e sólidas para um futuro crescimento sadio e sustentável", destacou.
Polo moveleiro do norte do Paraná vendeu mais em 2013
O resultado do faturamento no mercado interno das 979 indústrias que fazem parte do Polo Moveleiro do Norte do Paraná, cresceu 23,8% em 2013 na comparação com 2012, atingindo R$ 1.679 bilhões, e gerando 20,5 mil empregos diretos, 12,8% a mais que no ano anterior. As exportações sofreram os reflexos da supervalorização cambial e caíram 9,7% no ano passado em relação à 2012. "Com a desvalorização do Real perante o dólar, a perspectiva é retomar a competitividade das indústrias no mercado externo", sublinhou Nelson Poliseli, presidente do Sima – Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas.
Moveleiros terão oficinas tecnológicas na FIQ
Para disseminar o conhecimento em busca da competitividade de mercado, a FIQ 2014 terá diariamente oficinas tecnológicas e visitas guiadas no evento, focadas na demonstração de tecnologias de produção, processo produtivo e design.
Os visitantes também encontram um espaço específico de fornecedores do setor de logística com novidades nas áreas de transporte, armazenagem, movimentação e serviço.
Para aquisição de maquinários na feira, os moveleiros terão apoio da Caixa Econômica e do BRDE, presentes no evento, com disponibilização de linhas de crédito para Finame, capital de giro e investimentos.
Até o final da Feira, devem passar pelo Expoara de 15 a 20 mil pessoas ligadas à cadeia produtiva moveleira, entre elas moveleiros vindos em caravanas de vários estados brasileiros e os 150 maiores industriais convidados pelo evento.