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Otimismo

Fecomércio aponta que 66% dos londrinenses preveem maior faturamento no primeiro semestre

Mie Francine Chiba - Grupo Folha
03 fev 2017 às 17:24

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O empresário do comércio de Londrina está mais otimista que o de outras regiões do Estado. Isso foi o que revelou pesquisa da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR). O presidente da entidade, Darci Piana, esteve nesta quinta-feira (2) em Londrina para divulgação do estudo.

Segundo o levantamento, 66% dos comerciantes londrinenses esperam um faturamento maior no primeiro semestre de 2017, o maior índice dentre as seis regiões pesquisadas (Curitiba, Londrina, Maringá, Oeste, Sudoeste e Ponta Grossa). A média de todo o Paraná foi de 49,4%. No primeiro semestre de 2016, a taxa de otimismo em Londrina era de 32%.

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Na visão do presidente da Fecomércio-PR, o agronegócio é o que influencia positivamente a visão do empresário do comércio da região de Londrina. "Quem está vivendo do agronegócio, principalmente de carne, frango, suíno, gado, com preços de exportações, com safra anunciando supersafra, isso traz uma expectativa que aqui está em 66%."

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Para Piana, o maior otimismo no geral tem relação com as mudanças nos cenários político e econômico. "A expectativa do povo brasileiro é de um novo governo, uma nova fase, e isso dá um ânimo." A opinião é compartilhada por Roberto Martins, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Londrina (Sincoval). "A pequena mudança na política que ocorreu nos últimos tempos, as medidas que foram tomadas até agora, foram importantes."

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O presidente do Fecomércio-PR lembra, no entanto, que não se pode ter certeza de que o otimismo do empresariado irá se converter em bons resultados. "Não significa que esse ânimo se transformará em realidade, a gente tem ainda muitos obstáculos pela frente."


Investimentos


Um indicador que mostra a cautela do empresariado do comércio é o de investimentos. Apenas 24% dos comerciantes paranaenses declararam, na pesquisa da Fecomércio-PR, que irão fazer novos investimentos no primeiro semestre de 2017. "Quando ele (o empresário) não tem margem de lucro, possibilidade de ganhos, segura (os investimentos), e hoje ele segura por muito mais razões. Ele pode até ter recursos de ganhos do ano passado, mas não aplica porque está com medo, inseguro, não sabe o que vai acontecer com nosso governo, com nossa política."

"Minha opinião pessoal é que vamos ter um primeiro semestre muito ruim em função das demissões que aconteceram no ano passado, a maioria no comércio e serviços que é o onde há o maior volume de empregos no Paraná e no País", continua Piana. Segundo ele, há previsão de mais demissões em fevereiro, em virtude da queda de vendas do final de ano, e entre agosto e setembro. A expectativa de melhora no quadro reside apenas no segundo semestre do ano.


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