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Fabricante japonês de airbag defeituoso é multado em R$ 760 milhões

04 nov 2015 às 14:54

As autoridades norte-americanas anunciaram nessa terça-feira (3) uma multa recorde de US$ 200 milhões (aproximadamente R$ 760 milhões) aplicada ao fabricante de airbags Takata, por ter omitido informação sobre um mecanismo defeituoso dos equipamentos.

A Administração Nacional para a Segurança nas Estradas dos Estados Unidos (NHTSA, na sigla em inglês) informou que o fabricante japonês tomou a decisão de não relatar dois incidentes ao órgão regulador, apesar de oito pessoas já terem morrido em casos relacionados com falhas no sistema dos airbags.


A agência disse que este é um comportamento padrão da empresa desde 2009 em relação ao governo norte-americano e aos fabricantes de automóveis que instalaram o equipamento da Takata em seus carros.


"Durante anos, a Takata fabricou e vendeu airbags com problema e recusou-se a admitir que eram defeituosos", disse o secretário para os Transportes, Anthony Foxx.


A NHTSA informou também que determinou a 12 fabricantes de automóveis que acelerem a convocação dos carros às oficinas para substituir os equipamentos da Takata.


Cerca de 19 milhões de veículos norte-americanos e outros em diferentes países estão equipados com o airbag, cujo mecanismo pode explodir sem causa aparente, projetando estilhaços em direção aos condutores e passageiros.


Em Tóquio, a Honda anunciou que vai deixar de usar os airbags da Takata, cujos produtos levaram à chamada de milhões de carros em todo o mundo às oficinas, considerando que empresa "manipulou dados" em seus dispositivos.


"Sabemos da existência de provas que sugerem que a Takata deturpou e manipulou dados sobre testes de determinados insufladores dos seus airbags, informou a Honda, em comunicado publicado pela subsidiária norte-americana.


Diante da situação, a fábrica japonesa de veículos assegura que "nenhum modelo novo da Honda ou Acura [outra marca do fabricante], atualmente em desenvolvimento, será equipado com o dispositivo de airbags frontais da Takata, para o condutor e passageiro".

A Honda explica que tomou a decisão depois da revisão de "milhões de páginas de documentos internos produzidos pela Takata" relacionados com problemas em seus produtos.


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