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Exportadores querem vender 30% mais de frutas para Europa

16 fev 2010 às 17:47

Há espaço para as frutas brasileiras no mercado europeu. É o que garante a gerente executiva do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), Valeska de Oliveira, que trouxe importadores de Portugal para conhecer o setor, durante o carnaval. A expectativa é estimular, nos próximos dois anos, um crescimento de 30% nas exportações para a Europa.

Atualmente, o Brasil vende para o exterior cerca de 2% da produção nacional, que é de 43 milhões de toneladas por ano. As exportações de frutas e polpas somam cerca de U$ 600 milhões, anualmente, mas podem crescer com a maior visibilidade de produtos no exterior. É o que defende o gerente comercial da Eurofrutas – uma das maiores importadoras europeias, André Paixão. "O Brasil tem a melhor fruta da América Latina", disse.


Frutas frescas como o mamão papaya, a manga e a goiaba são as grandes apostas do setor, assim como alimentos processados na forma de sucos, geleias e até a brasileiríssima goiabada. "Eles [europeus] estão interessados no diferencial de sabor e o Brasil apresenta uma diversidade. Além disso, investem em qualidade de vida e vender frutas é vender saúde", disse Valeska.


Depois de uma semana de atividades promovidas em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil), no Rio, Valeska vai levar os empresários portugueses para conhecer indústrias em São Paulo, Vitória, Natal e Fortaleza, a partir de quarta-feira (17), onde eles poderão conhecer o processamento das frutas e o envase para exportação.


"O Brasil tem tecnologia e profissionalismo. Tem mão de obra qualificada. A exportação de frutas é um trabalho muito delicado de preparação, que requer conhecimento em técnicas de produção e logística", destacou a gerente do Ibraf.


Um dos principais interessados nas frutas brasileiras e um dos maiores compradores do mercado europeu, a Eurofrutas reconhece o potencial brasileiro. O gerente comercial da empresa portuguesa avalia que esses produtos ainda são pouco conhecidos na Europa, mas que, a cada ano, cresce a procura e as importações.


"Existe uma grande tradição do consumo de frutas tropicais em Portugal, que remonta o período colonial e faz do país o maior consumidor do produto na Europa. Mas há um crescimento da procura por frutas brasileiras no Norte da Europa, no Reino Unido e na Espanha", afirmou.

De acordo como gerente português, o desafio é fazer chegar ao mercado externo frutas maduras, de boa qualidade, que preservem o sabor tradicional. "Antes, se importava frutas verdes, sem os devidos cuidados. Estamos começando a mudar isso. Nós só importamos de avião para garantir a qualidade", afirmou.


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