O primeiro dia de 2017 marca o aniversário de 15 anos da entrada em circulação do euro, moeda criada pela União Europeia (UE) para integrar a economia de seus Estados-membros.
Hoje adotada por 19 dos 28 países do bloco, a moeda vive talvez seu momento mais delicado, com a dificuldade da UE em retomar o vigor econômico e o avanço de forças populistas que pedem o retorno às moedas nacionais.
É o caso da Itália, onde seu maior partido de oposição, o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), tem como proposta a realização de um plebiscito para a saída do país da zona do euro, voltando à lira. Desde que a moeda europeia foi implantada, os italianos viram o aumento dos preços de diversos produtos e serviços, como café, contas de luz e gás, gasolina, cinema, aspirina e até do Big Mac. As informações são da Agência Ansa
No entanto, outros bens ficaram mais baratos para os cidadãos, como telefones e máquinas fotográficas. Ainda assim, pessoas descontentes com os rumos da economia da Itália apontam o euro como principal motivo para a redução de seu poder de compra, agravada pela crise financeira iniciada em 2008 - da qual o país ainda patina para sair.
A divisa europeia foi introduzida em 1º de janeiro de 1999, mas durante três anos funcionou apenas virtualmente, ou seja, nas operações que não envolviam notas ou moedas e para fins de contabilidade. No início de 2002, o euro passou a circular sob a forma de cédula e desde então vem se expandindo dentro do bloco.
O último país a adotar a moeda comum foi a Lituânia, em 1º de janeiro de 2015, e até o momento nenhuma nação deixou de usá-la. Quem mais se aproximou disso foi a Grécia, que estava à beira de dar um calote em credores internacionais e recebeu um novo pacote de ajuda da UE.