Recente estudo realizado pela KPMG Internacional, chamado "Global profiles of the fraudster" (em português, Perfis de um Fraudador), indica as principais características de um fraudador. Segundo a pesquisa, 70% dos típicos vigaristas têm entre 36 e 55 anos, e em sua maioria atuam nas áreas executiva, financeira, operacional, vendas ou marketing. Dentre eles, 25% ocupam um cargo gerencial, e 29% um cargo executivo. Por fim, 42% dos fraudadores já trabalhavam, em média, há mais de seis anos na organização.
O levantamento também mostra que em 70% das fraudes, o autor considerou difícil realizá-la sozinho, e, por isso, atuou com outros executivos.
"Diante de um mercado de investimentos e de uma economia turbulenta, empresas e investidores devem ter consciência de que os fraudadores podem aparecer à qualquer momento, em todos os formatos e tamanhos.", afirma Gerónimo Timerman, sócio-líder da área de Forensic & Litigation.
"Uma análise da natureza da fraude e do fraudador em constante transformação pode ajudar as organizações a reforçar suas defesas contra atividades criminosas", acrescenta o executivo.
Fraudes mais comuns
A fraude mais comum, de acordo com os resultados, é a apropriação indébita, ou simplesmente o roubo de ativos, que corresponde a 56% dos casos. Destes, 40% consistem em desvio de recursos e em 27% dos casos, acontecem fraudes em compras.
A tecnologia a favor do fraudador
Uma mudança crucial é o crescente uso da tecnologia pelos fraudadores. "Estamos em uma nova geração de pessoas capazes de utilizar meios tecnológicos para ter acesso a um número maior de informações do que as gerações passadas. Tudo isso aponta para uma nova era de atividades ilegais e de fraudes", completa Gerónimo Timerman.
Além dos fraudadores que conhecem, controlam e sabem manipular os sistemas, existem também os que encontram falhas por acidente ou realmente as procuram, para então explorá-las. Outro ponto indicado na pesquisa é que mais da metade (54%) das fraudes foram facilitadas por controles internos deficientes. Isso sugere que as organizações necessitam realizar controles mais rígidos e supervisionar os funcionários mais de perto. "Os controles internos e ações de compliance tornam-se cada vez mais vitais para uma empresa não passar pelos apuros de um fraude. Nesse contexto, haveria uma diminuição drásticas nas oportunidades de desvio dos colaboradores", finaliza o sócio-líder da área de Forensic & Litigation.