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Empréstimos antecipam a restituição do IR

13 mar 2011 às 19:44

Os grandes bancos já estão com as linhas de crédito para antecipação da restituição do imposto de renda disponíveis para quem é correntista. Especialistas em finanças alertam que a modalidade só é vantajosa para quem está endividado e paga juro mais alto do que o ofertado nessas linhas.

Dívidas no cartão de crédito ou no cheque especial, diz o educador financeiro Mauro Calil, devem ser trocadas, por exemplo. "O juro das linhas de crédito de antecipação da restituição têm juros próximos a 3% ao mês. A taxa do cheque especial e do cartão de crédito é brutalmente mais alta", explica.


Pensar em antecipar o recebimento da restituição para comprar algum objeto de desejo, no entanto, não é recomendado. "Nessa hipótese, não deve-se pegar dinheiro emprestado", afirma Calil.


O educador financeiro alerta ainda que os correntistas que tiverem possibilidade de pegar um empréstimo consignado (que tem taxa regulamentada e não pode passar de 2% ao mês), devem usar essa opção no lugar da linha de crédito específica. "O consignado é sempre o empréstimo mais vantajoso do mercado", recomenda Calil.


Rogério Estevão, superintendente executivo de empréstimos a pessoa física do Santander, pontua que a principal vantagem da linha que antecipa a restituição é o fato de não comprometer o orçamento mensal do correntista.


"O pagamento do principal aqui no Santander é feito no momento em que se recebe a restituição", comenta. "E a contratação deste produto não impede que o cliente adquira outros empréstimos no banco", completa.


Rogério Braga, diretor de produto pessoa física do Banco Itaú, concorda com Estevão. "A vantagem da linha é que o cliente conta com um recurso antecipado em um período de grande concentração de gastos, que é o primeiro trimestre", comenta. Ele também salienta que a modalidade permite que o cliente se programe, "já que o pagamento do crédito é feito quando ele receber a restituição".

Calil pondera o risco desta alternativa. "E se o cliente cair na malha fina? É preciso pensar nisso, porque daí a restituição vai demorar para vir", alerta.


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