Duas empresas do interior do Paraná figuram entre as 150 melhores do Brasil para trabalhar, conforme a edição 2010 do ''Guia Você S/A Exame - As Melhores Empresas para Você Trabalhar'', que circula neste mês em todo o país. A Copacol, cooperativa de Cafelândia (50 km ao norte de Cascavel), consta pelo quarto ano consecutivo na publicação e o Moinho Globo Alimentos, de Sertanópolis (40 km ao norte de Londrina), estreia no guia. Elas são as principais fontes de arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviço (ICMS) dos seus municípios, ambos com menos de 20 mil habitantes.
No caso das duas empresas, a qualificação e a valorização dos funcionários são os pontos fortes. ''Vemos isso como investimento, pois funcionário satisfeito resulta em aumento de produtividade e melhor rentabilidade'', define Paulo Florencio, diretor-geral do Moinho Globo, único representante do seu segmento a figurar na edição deste ano do guia. Com 400 funcionários e 56 anos de história, a empresa fabrica farinha e outros derivados de trigo e tem atualmente mais de uma centena de produtos nas linhas de varejo e industrial.
A política de valorização dos funcionários aliada ao envolvimento em ações de cidadania e responsabilidades social e ambiental renderam à empresa o reconhecimento do guia nacional. Tudo isso, conforme a direção, já vem sendo adotado há algum tempo. Porém, só nos últimos dois anos as práticas começaram a ser formalizadas.
Alguns exemplos são o programa de participação nos lucros, que garante, pelo menos, o 14º salário no final do ano; avaliação formal de cada funcionário duas vezes por ano; treinamento e capacitação das lideranças e demais colaboradores. Além disso, os resultados alcançados por cada departamento são divulgados em edital e há reuniões trimestrais de balanço entre a diretoria e funcionários. No dia a dia, são servidos café da manhã e lanche da tarde para os funcionários, e no final do expediente cada um tem direito a levar 10 pãezinhos para a casa. Os produtos são fabricados na padaria interna da empresa, que também faz doações a entidades assistenciais de Sertanópolis e região.
Casa e estudo
Até o final do ano, 141 casas serão construídas em uma área de dois alqueires comprada pela própria empresa em Sertanópolis. Financiadas pelo programa federal Minha Casa, Minha Vida, as residências serão destinadas a funcionários, que vão pagar prestações correspondentes ao preço de custo. Outro benefício é o incentivo ao estudo. ''Até a Copa do Mundo no Brasil (em 2014) nossa meta é que todos os colaboradores tenham o ensimo médio completo e curso de informática'', planeja Mario Trentini Neto, gerente de Recursos Humanos.
A direção destaca que as ações em prol da coletividade são revertidas em ganhos reais. Um exemplo é o fato de o moinho ter atingido pela primeira vez na história a sua capacidade máxima de moagem de trigo: 12 mil toneladas/mês. ''Propusemos esse desafio interno e conquistamos, com o mesmo número de funcionários que já tínhamos. Agora o compromisso é manter a meta'', observa Paulo Florencio, para quem o segredo é a motivação da equipe. Ele destaca ainda que desde 2007 o faturamento da empresa cresce entre 15% e 20% ao ano.
Investindo na equipe, Copacol dobra produção
''As pessoas são importantíssimas para uma empresa alcançar seus resultados. Por isso, investimos nelas'', defende Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol. Com uma trajetória de 47 anos, a cooperativa conta hoje com 6,5 mil funcionários e 4.700 cooperados, trabalhando com frango, peixe, bovinos de leite, suínos e cereais. Segundo Pitol, a política de valorização dos colaboradores ganhou força no início do ano 2000, com a oportunidade de capacitação em todos os níveis, conforme a necessidade de cada um.
''Temos 200 colaboradores que estão conosco há mais de 20 anos. Sentimos que eles estão aqui porque se sentem satisfeitos e têm até orgulho de fazerem parte da empresa'', destaca. Um fator de estímulo é a participação nos lucros, instituída há 12 anos. ''O percentual corresponde a 10% do resultado econômico do ano e é pago sempre em dezembro, proporcionalmente ao salário de cada um'', diz. Além de benefícios para filhos de funcionários, como creche e bolsa de estudos, a cooperativa tem um programa de construção de casas para os colaboradores (para revendê-las financiadas a preço de custo).
Com a equipe motivada, nos últimos dois anos a empresa conseguiu duplicar a capacidade diária de abate de frango, passando de 150 mil aves para 300 mil aves/dia. O salto exigiu mais contratações: o quadro aumentou de 4.300 para 6.500 colaboradores. E ainda há 250 vagas para serem preenchidas dentro do abatedouro. O problema é a falta da mão de obra operacional na região. ''Temos tido muita dificuldade para achar pessoal por aqui, por isso recrutamos funcionários em cidades num raio de até 100 quilômetros (de Cafelândia)'', afirma Pitol.
A cooperativa atingiu em 2009 um faturamento de R$ 998 milhões e pretende fechar 2010 com R$ 1,150 bilhão, acréscimo de 10%.
Ações melhoram autoestima dos colaboradores
''As pessoas são importantíssimas para uma empresa alcançar seus resultados. Por isso, investimos nelas'', defende Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol. Com uma trajetória de 47 anos, a cooperativa conta hoje com 6,5 mil funcionários e 4.700 cooperados, trabalhando com frango, peixe, bovinos de leite, suínos e cereais. Segundo Pitol, a política de valorização dos colaboradores ganhou força no início do ano 2000, com a oportunidade de capacitação em todos os níveis, conforme a necessidade de cada um.
''Temos 200 colaboradores que estão conosco há mais de 20 anos. Sentimos que eles estão aqui porque se sentem satisfeitos e têm até orgulho de fazerem parte da empresa'', destaca. Um fator de estímulo é a participação nos lucros, instituída há 12 anos. ''O percentual corresponde a 10% do resultado econômico do ano e é pago sempre em dezembro, proporcionalmente ao salário de cada um'', diz. Além de benefícios para filhos de funcionários, como creche e bolsa de estudos, a cooperativa tem um programa de construção de casas para os colaboradores (para revendê-las financiadas a preço de custo).
Com a equipe motivada, nos últimos dois anos a empresa conseguiu duplicar a capacidade diária de abate de frango, passando de 150 mil aves para 300 mil aves/dia. O salto exigiu mais contratações: o quadro aumentou de 4.300 para 6.500 colaboradores. E ainda há 250 vagas para serem preenchidas dentro do abatedouro. O problema é a falta da mão de obra operacional na região. ''Temos tido muita dificuldade para achar pessoal por aqui, por isso recrutamos funcionários em cidades num raio de até 100 quilômetros (de Cafelândia)'', afirma Pitol.
A cooperativa atingiu em 2009 um faturamento de R$ 998 milhões e pretende fechar 2010 com R$ 1,150 bilhão, acréscimo de 10%.