Crise
Representantes do G7 – Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), ACP, Faciap, Faep, Fecopar, Fecomércio , Fetranspar - estiveram nesta quarta-feira (26) na Câmara de Vereadores para se posicionarem contrários à possibilidade de decreto de feriado municipal nos dias de jogos da Copa do Mundo em Curitiba. Os empresários foram recebidos por vereadores da Comissão Especial da Copa de 2014 da Câmara Municipal (Ceaco), composta por 9 parlamentares.
O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, lembrou que a notícia sobre a vinda dos jogos para a capital paranaense foi recebida com entusiasmo pelo impacto positivo para a economia da cidade, do Estado e do país. "Há também um número expressivo de trabalhadores que ganham comissões e que têm uma grande expectativa em relação a estas datas", disse Campagnolo.
Sobre a preocupação da Fifa em relação à mobilidade da cidade nos dias dos jogos, o presidente lembrou que as escolas municipais e estaduais já estarão fechadas – o que reduzirá muito a frota de veículos na cidade em horários críticos. "Não faz sentido parar a CIC, por exemplo, com um feriado, quando a maior movimentação será na região central da cidade. E quanto à possibilidade de protestos, penso que a melhor forma de evitá-los é com um comércio atuante, vivo, aberto aos turistas, para evitar a presença de pessoas desocupadas nas ruas", argumentou.
O relator da comissão, Cristiano Santos (PV), é contrário à criação dos feriados. "Muitos empresários investiram em capacitação de seus funcionários, com treinamentos específicos para a recepção de turistas da Copa. Não vejo sentido em tomarmos esta decisão agora, com todo o dinheiro que já foi gasto para atendermos os torcedores da melhor forma", alertou.
Bruno Pessuti (PSC), que não integra a comissão, também acompanhou a sessão e defendeu a posição dos empresários. "A Copa vai levar Curitiba para o mundo. Qual a imagem que queremos passar? Há uma expectativa de R$ 1 bi de lucro em bares e restaurantes de Curitiba durante a Copa. Por que não permitirmos que o comércio e a indústria lucrem também com estas datas?", questionou o vereador.
Os vereadores da Comissão deliberariam nesta quarta-feira (26) se levariam a decisão sobre a criação dos feriados municipais para audiências públicas. De 9 vereadores que integram a comissão, 5 teriam que votar. Mas, por falta de quórum, a deliberação foi adiada. Apenas 3 parlamentares compareceram à comissão. Os demais tiveram problemas de agenda – por estarem presentes em reuniões de outras comissões ou em viagem.
Presidida por Paulo Rink (PPS), a comissão reúne também os vereadores Cristiano Santos (PV), Jorge Bernardi (PDT), Mauro Ignacio (PSB), Pedro Paulo (PT), Pier Petruzziello (PTB), Professor Galdino (PSDB), Tiago Gevert (PSC) e Toninho da Farmácia (PP).