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Incerteza

Empresário da construção está mais pessimista

Agência Estado
23 dez 2016 às 09:14

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- Reprodução/Pixabay
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O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 0,8 ponto, entre novembro e dezembro, alcançando 71,6 pontos, o menor nível desde julho de 2016 (70,7 pontos), após três meses em queda.

O recuo no mês se deve principalmente pelo aumento do pessimismo em relação aos próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 1,5 ponto, para 80,0 pontos. Dentro do indicador, o quesito perspectivas para a demanda nos próximos três meses, que teve retração de 2,4 pontos, foi o que mais contribuiu para a queda em dezembro.

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O Índice da Situação Atual (ISA-CST) também recuou ligeiramente na margem para 63,7 pontos (-0,1%), com influência, pelo segundo mês consecutivo, do indicador que mede a situação atual da carteira de contratos, que caiu 0,2 ponto.

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"A persistência de um nível de atividade ainda fraco e um ambiente com incertezas influencia as percepções dos empresários, fazendo com que predomine uma visão pessimista quanto à possibilidade de estancamento da crise no curto prazo.", observou Itaiguara Bezerra, coordenador da Sondagem da Construção da FGV/IBRE.

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O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor ficou em 63,1% em novembro, 1,1 ponto porcentual abaixo do resultado de novembro, o menor nível da série histórica iniciada em abril de 2013.


Investimentos

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A FGV ainda aponta que a Sondagem de Investimentos do Ibre do quarto trimestre de 2016 corrobora com o cenário nacional de incerteza. Segundo a pesquisa, a proporção de empresas que declarou ser incerta a execução dos planos de investimentos para os próximos 12 meses cresceu em relação ao mesmo período do ano anterior.


Ainda segundo a instituição, a incerteza na Construção é a mais alta entre os setores produtivos, com 60,9% dos empresários reportando que é incerta a execução dos investimentos nos próximos 12 meses. Esse resultado ficou 16,7 pontos acima do registrado no quarto trimestre de 2015.

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"Apesar de existir alguma chance de retomada de concessões para obras de infraestrutura em 2017, o cenário político incerto mantém os empresários do setor cautelosos em relação à realização de investimentos nos próximos doze meses.", concluiu Itaiguara Bezerra.


A edição de dezembro de 2016 coletou informações de 700 empresas entre os dias 01 e 20 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Construção ocorrerá em 27 de janeiro de 2017.

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Mercado imobiliário


O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) ficou em 0,36% em dezembro, taxa maior que a registrada em novembro (0,17%), divulgou nesta sexta-feira, 23, a Fundação Getulio Vargas (FGV).


O grupo Materiais, Equipamentos e Serviços apresentou variação de 0,15% neste mês, após o recuo de 0,05% apurado na leitura de novembro. Já o índice referente à Mão de Obra registrou variação de 0,55% ante 0,36% no mês anterior.

Das sete capitais analisadas, quatro registraram aceleração em suas taxas de variação na passagem de novembro e dezembro: Brasília (0,00% para 1,97%), Belo Horizonte (-0,05% para 0,03%), Recife (0,80% para 1,85%) e Rio de Janeiro (-0,18% para 0,10%). São Paulo manteve a taxa de 0,07% entre novembro e dezembro. Já Salvador e Porto Alegre apresentaram desaceleração na inflação da construção em dezembro, passando de 0,02% para -0,05% e de 1,06% para 0,17%, respectivamente.


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