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Empresa pode pagar R$ 10 milhões por morte de trabalhador

23 ago 2013 às 09:30

A Raízen, maior produtora de etanol e açúcar do mundo, está sendo processada em R$ 10 milhões por omissão na morte de um empregado em fábrica em Barra Bonita (SP), em abril de 2012. O trabalhador morreu na explosão de um evaporador. O acidente ocorreu enquanto ele fazia a manutenção do equipamento. Segundo apurado pela perícia do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o meio ambiente de trabalho era inseguro. A unidade na cidade é uma das maiores usinas da América Latina.

A perícia verificou que o vaso de pressão, dispositivo responsável pela explosão, não possuía registro, trava de segurança e ainda não havia passado por inspeção periódica. Os empregados também não tinham sido capacitados e a empresa não mantinha procedimento ou instrução de trabalho para as atividades desenvolvidas no momento do acidente.


O procurador do Trabalho Luis Henrique Rafael, autor da ação, pede na Justiça que a companhia seja condenada a se adequar as normas de saúde e segurança no trabalho e promova capacitar para os empregados exercerem as suas atribuições. "A situação descrita pelos fiscais revela que a empresa vem sonegando direitos mínimos e indisponíveis dos seus empregados, sem que haja o saneamento das irregularidades".

A Raízen é a empresa resultante do processo de integração dos negócios da Shell e da Cosan. Está entre as cinco maiores companhias do Brasil em faturamento. Com 24 usinas, tem capacidade de produção de 2,2 bilhões de litros de etanol por ano, 4,4 milhões de toneladas de açúcar e geração de 900 MW de energia elétrica a partir do bagaço da cana.


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