Entre os dias 26 de janeiro a 3 de fevereiro, aconteceu o leilão nacional do 13º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café. Foram leiloadas 36 sacas de cafés especiais, dos oito primeiros colocados do prêmio, arrecadando o valor total de R$ 54.648,99. Na tarde de terça-feira (7), a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) divulgou o resultado oficial do leilão, reconhecendo a torrefação paranaense Café do Moço como a grande campeã após ser premiada em três categorias: Ouro, Diamante e Especial.
O Grupo Café do Moço arrematou o lote de seis sacas do produtor Evilásio Shigueaki Mori, de Cambira, pagando R$ 2 mil por saca, totalizando R$ 12 mil. Foi o maior valor de aquisição por saca, entre os lotes de café Natural e Cereja Descascado, o que rendeu à empresa o título de campeã na categoria Ouro. O grupo foi também o que mais investiu em qualidade, R$ 20,4 mil, tornando-se campeão na Categoria Diamante. E finalmente, a terceira categoria, a Especial, que corresponde ao maior lance dado a um microlote (composto de 2 sacas, apenas) premiou novamente a empresa paranaense, que pagou R$ 4,2 mil pela saca do café campeão do concurso, produzido por José Alexandre Abreu de Lacerda no Sítio Córrego Pedra Menina, em Dores do Rio Preto (ES).
Léo Moço, melhor barista do Brasil e responsável pelo grupo, provou todos os cafés especiais desse último concurso. Vencer esse leilão é um passo importante para a consolidação do grupo no mercado de cafés especiais. "Para nós, ser a primeira torrefação a vencer todas as categorias do maior leilão de cafés especiais do Brasil é mais um passo para a consolidação do Café do Moço no mercado. Vamos conseguir levar ainda mais cafés de alta qualidade aos nossos clientes e estamos, mais uma vez, incentivando os pequenos produtores do centro-norte do Paraná - com o Evilásio e a Ceres Santos representando o Estado no leilão - onde estabelecemos nosso projeto Red Foot", comenta.
Foi em 2009 que o Café do Moço começou a dar seus primeiros passos. Hoje, com sede em Curitiba, engloba o Barista Coffee Bar e a microtorrefação Café do Moço, que tem revolucionado a forma de se produzir cafés especiais no Brasil. O projeto Red Foot nasceu com o objetivo de quebrar paradigmas e tornar o café especial uma realidade no país, entregando aos clientes a melhor bebida com preços acessíveis. "Nossa missão é criar um ciclo sustentável em toda a cadeia deste universo tão rico e com muito a ser explorado", explica. Todo esse trabalho resulta em bebidas bem peculiares, com características únicas e que, antes de tudo, valorizam o trabalho dos pequenos produtores.
Edição Especial
Os cafés finalistas desta edição passaram, em dezembro, pelo crivo de um Júri Técnico, composto por provadores e especialistas, e em janeiro foram avaliados por um Júri Popular, integrado por consumidores em reuniões realizadas em São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia, estados produtores participantes do concurso.
A pontuação do Júri Técnico correspondeu a 70% da nota final, e a do Júri Popular, a 15%. A soma incluiu também a nota de Sustentabilidade da Propriedade, equivalente aos 15% restantes. Promovido pela ABIC, o concurso, seguido de leilão, visa incentivar cafeicultores e empresas a investirem cada vez mais na alta qualidade do café que produzem ou adquirem. O objetivo é brindar os consumidores com cafés finos, instigando-os à experimentação da diversidade de aromas e sabores dos grãos brasileiros.