Entre janeiro e setembro deste ano, as vendas do setor de auto peças despencaram 20,74% em Londrina. Já o ramo farmacêutico cresceu 13,54% nos nove primeiros meses de 2014. É o que aponta pesquisa conjuntural realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) do Paraná.
Os dados mostram, ainda, que, no acumulado do ano, as vendas do comércio em Londrina tiveram queda de 3,02%. Também foram registrados índices negativos quando comparados os números dos meses de setembro de 2014 e de 2013 (-4,09%), e quando se leva em conta a variação de -3,49% registrada, na cidade, entre agosto e setembro deste ano.
A Fecomércio analisou dados de diversos setores do varejo, como o de combustíveis, lojas de departamentos, concessionárias de veículos, móveis, decoração e utilidade domésticas, óticas, calçados, entre outros.
Paraná
Já as vendas do varejo do Paraná tiveram queda de 0,85% em setembro na comparação com agosto. Mas o mês foi melhor do que setembro de 2013, com aumento de 2,06%. No acumulado do ano, cresceram 1,81% sobre o mesmo período do ano passado.
O setor automotivo começou a apresentar sinais de recuperação em setembro. As concessionárias de veículos apresentaram alta de 7,06% nas vendas em relação a agosto. Outros setores que se destacaram na variação mensal foram móveis, decoração e utilidades domésticas (6,01%) e lojas de departamentos (5,34%). Porém, os demais ramos abrangidos pela pesquisa da Fecomércio tiveram desempenho negativo.
Na comparação com setembro de 2013, os números são melhores. As lojas de departamentos tiveram alta de 13,86%, seguidas por móveis, decoração e utilidades domésticas (11,49%) e combustíveis (9,41%).
Nesta base comparativa, registraram queda no faturamento apenas as concessionárias de veículos (-13,85%), vestuário e tecidos (-5,61%) e calçados (-0,96%). O panorama setorial é praticamente o mesmo no acumulado do ano: ficaram no negativo somente as concessionárias de veículos (-13,36%), vestuário e tecidos (-8,62%) e autopeças (-1,73%). Os demais ramos do comércio apresentaram aumento no movimento.
Dentre os fatores de contenção que afetaram o desempenho do varejo e da atividade econômica, podem ser mencionadas as restrições e maiores exigências para concessão de financiamentos, inflação maior do que no mesmo período de 2013, alta gradual das taxas de juros, balança comercial do Brasil e Paraná em queda e criação de empregos aquém do esperado. Vários desses fatores limitaram a renda e o poder de compra do consumidor e, por conseguinte, as vendas do varejo. (com informações da assessoria de imprensa da Fecomércio)