A greve dos servidores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) vai completar duas semanas na próxima terça-feira (26). Os servidores pedem reajuste nos vencimentos de até 38% e criação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). O Governo do Estado discute as reivindicações com a categoria desde o início do ano. As conversas geraram a criação de um projeto, que deve ser enviado para a Assembleia Legislativa (Alep) até o final deste ano. "Os próprios servidores reconhecem os esforços do governo. Sabem que estamos trabalhando para atendê-los", destacou o governador Beto Richa em entrevista coletiva nesta quarta-feira (20).
Em Londrina para inaugurar o curso de formação de 400 policiais militares, Beto Richa foi surpreendido por um protesto dos servidores do Iapar. Com faixas, os funcionários voltaram a pedir melhorias. Depois da promessa do tucano, a manifestação acabou em aplausos e apertos de mão.
O governador explicou que o projeto a ser enviado para Alep prevê a regulamentação do PCCS dos funcionários do instituto. Questionado sobre a demora para a formulação da iniciativa, Richa foi taxativo: "As coisas não são assim da noite para o dia. O projeto precisou passar pelas secretarias de Agricultura, de Administração e, principalmente, da Fazenda, que analisou se a proposta não poderia extrapolar o limite prudencial do Estado com o pagamento dos servidores".
Apesar da promesa, os servidores do Iapar continuam em greve em Londrina. A paralisação só deve ser suspensa após o envio do projeto para a Assembleia.