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Economistas acreditam que inflação de 2006 será de 4,5%

02 jan 2006 às 14:04

Brasília – Todas as indicações do mercado financeiro são de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2006 será de 4,5%, em linha com a meta oficial; e reafirmam que a inflação do mês passado ficou em 0,35%, o que dá IPCA acumulado de 5,68% em 2005.

A informação consta do boletim Focus, divulgado hoje (2) pelo Banco Central, mas os números finais do IPCA - que serve de parâmetro para as correções oficiais – só serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima semana.


A pesquisa que o BC faz todas as sextas-feiras com uma centena de analistas de mercado e de instituições financeiras, para "auscultar" as tendências dos principais indicadores da economia, acertou em cheio a previsão de inflação para 2005, uma vez que a pesquisa feita em 30 de dezembro de 2004 falava em IPCA de 5,70%, acima da meta oficial de 5,1%, o que se confirma agora.


As demais projeções de mercado para a inflação de 2005 não se confirmaram. Principalmente porque os preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, água, saneamento, educação, saúde e outros) aumentaram mais do que o previsto: de 7,09% para 8,80%. A projeção para 2006 é de 4,50%.


O maior "desacerto" foi quanto às expectativas de inflação no atacado. O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) e o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) encerraram 2004 acima de 12,5%, e todas as previsões indicavam para 6,5% em 2005.

Mas a indústria e o comércio não tiveram margens para grandes reajustes de preços, e o IGP-M caiu para 1,21% ao longo do ano (nível mais baixo desde 1989); mesmo patamar do IGP-DI, que será divulgado nos próximos dias pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).


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