Em dia de baixo volume de negócios em razão do feriado nos Estados Unidos (Dia do Trabalho) e véspera de feriado no Brasil (Independência), o dólar comercial aprofundou à tarde a desvalorização ante o real verificada desde cedo, na abertura dos negócios.
O dólar comercial fechou hoje com queda de 0,35% a R$ 1,727, no mercado interbancário de câmbio, a segunda menor cotação de fechamento do ano. No mês, a moeda registra perda de 1,65% e no ano acumula queda de 0,92%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista encerrou o pregão a R$ 1,7255, recuo de 0,45%. O euro comercial registrou cedeu de 0,54% para R$ 2,223.
No Brasil, a divisa norte-americana perde força em razão das expectativas de fluxo positivo, em especial, com o ingresso de recursos de estrangeiros que vão participar da capitalização da Petrobrás no fim do mês. No exterior, o dólar se valoriza com um renovado receio do investidor quanto ao ritmo da recuperação econômica global.
O BC realizou leilão de compra de dólares por volta das 12h05, com taxa de corte das propostas de R$ 1,7275.
A alta do dólar no mercado externo mostra reversão no sentimento positivo do mercado na sexta-feira, quando o bom resultado do payroll (dados de emprego) norte-americano (corte de 54 mil postos de trabalho em agosto ante estimativas dos economistas de eliminação 110 mil vagas) aliviou tensões e dispôs os investidores ao risco, com a consequente alta nas Bolsas de Nova York naquele dia.
Hoje, porém, com o mercado acionário fechado em Nova York, as principais bolsas europeias mostraram altas amenas e estavam de volta às mesas de operações as especulações sobre a possibilidade de países desenvolvidos adotarem novas medidas para assegurarem que a recuperação de suas economias ocorra sem sustos.