O dólar comercial fechou em queda nesta quarta-feira (3): 1,7% a menos, valendo R$ 3,918 na venda. É a maior queda percentual desde o dia 28 de dezembro de 2015, quando havia caído 2,1%. No dia anterior, a moeda estava com alta de 0,68%.
Cenário internacional
A alta do petróleo influenciou o movimento do dólar. Os preços voltavam a subir nesta sessão, após o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, indicar que o país está aberto a reunir-se com a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Isso alimentou esperanças de um corte na produção da commodity em meio à grande oferta global.
A queda recente dos preços do petróleo -que vêm se mantendo perto do menor nível em 12 anos- tem feito com que investidores evitem colocar dinheiro em negócios de maior risco.
"O petróleo ensaia uma recuperação, o que traz uma ajuda marginal para moedas de emergentes", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa à agência de notícias Reuters.
Cenário nacional
Os investidores estavam cautelosos no Brasil, com o retorno das atividades parlamentares colocando as atenções no processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
A reunião do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, com representantes da agência de classificação de risco Moody's também atraía atenções.
A Moody's colocou em dezembro o grau de investimento brasileiro em revisão para rebaixamento, o que normalmente significa que uma ação pode ser tomada em um período de 90 dias.
A agência é a única das três maiores do setor que ainda mantém o Brasil como grau de investimento. O selo de bom pagador foi retirado do país pela Standard & Poor's, em setembro, e pela Fitch, em dezembro do ano passado.
(Com Reuters e UOL)