O dólar abriu a quarta-feira (2) em leve queda, depois de dois dias de mercados fechados no Brasil por conta do feriado de Carnaval. Por volta das 13h55 (horário de Brasília), a moeda americana caía 0,12%, cotada a R$ 5,149 na venda. Na sexta (25), o dólar havia saltado quase 1%.
Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, que hoje chegou ao sétimo dia, o dólar já subiu mais de 3% frente ao real.
No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), subia 1,55%, aos 114.890,67 pontos. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa refere-se ao dólar comercial.
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Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
A moeda russa, em contrapartida, segue em forte desvalorização, com a
economia da Rússia sofrendo as consequências das sanções econômicas
impostas pelo Ocidente.
Pela manhã, o rublo chegou a atingir sua nova mínima recorde, de 112 por dólar, enquanto o mercado de ações se manteve fechado pelo terceiro dia seguido.
Por volta das 9h10 (horário de Brasília), a moeda russa registrava perdas de 3,78% frente ao dólar, que valia 112,29 rublos. Desde o início do ano, o rublo já perdeu cerca de um terço de seu valor em relação à moeda americana. Na semana passada, o Banco Central da Rússia respondeu a esse movimento mais do que dobrando os juros básicos da economia, que passaram de 9,5% para 20%.
Ontem (1º), também entraram em vigor o decreto que proíbe os moradores da Rússia de transferir dinheiro para o exterior - uma tentativa do presidente Vladimir Putin de proteger a economia em meio à guerra. "A economia russa sofreu um duro golpe", admitiu o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, que destacou uma "margem de esistência" e planos em curso. "[Mas] Vamos continuar de pé".
Nos últimos dias, Estados Unidos, União Europeia e outros países anunciaram que vão excluir alguns bancos russos do sistema internacional de pagamentos bancários Swift e proibir qualquer transação com o Banco Central da Rússia - medida que trará impactos também para a economia mundial e a do Brasil.
Ontem (1º), foi a vez de o Reino Unido informar que incluiu o maior banco da Rússia, o Sberbank, na lista de entidades alvos de sanções. Diversas empresas também estão anunciando que vão sair da Europa ou interromper a produção, como foi o caso da Hyundai em São Petersburgo. A montadora planeja retomar a produção da unidade na semana que vem, em 9 de março.