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Dólar fecha semana abaixo de R$ 1,90

24 jul 2009 às 18:18

O dólar comercial subiu 0,42% hoje e fechou as negociações no mercado interbancário de câmbio a R$ 1,897. Na semana, porém, a moeda americana acumulou baixa de 1,61% e no mês, queda de 3,41%. Apesar da valorização registrada hoje, foi o segundo dia consecutivo em que fechou abaixo da marca de R$ 1,90, retornando ao nível da taxa de câmbio praticada no final de setembro de 2008. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar à vista fechou o pregão desta sexta-feira cotado a R$ 1,8961, variação de 0,32%.

O dólar subiu hoje em meio à volatilidade das Bolsas norte-americanas e da Bolsa brasileira, diante da realização parcial de ganhos recentes com ações estimulada pelo anúncio de queda de lucro maior do que a esperada no segundo trimestre da Microsoft, Ericsson e Amazon.com. Com o vaivém dos índices acionários, os investidores que estavam "vendidos" em dólar zeraram suas posições ao perceberam que os ingressos de estrangeiros destinados à oferta primária de ações da BRF Brasil Foods haviam se esgotado, dada a liquidação hoje dessa operação, disse um operador de Tesouraria de um banco estrangeiro.


O ajuste de alta das cotações, no entanto, atraiu ofertas de exportadores, que combinadas com a melhora dos índices acionários à tarde e a queda externa do dólar ante o euro fizeram a moeda no mercado local diminuir os ganhos à tarde, observou um operador de corretora em São Paulo. O Banco Central realizou leilão de compra no início da tarde, no qual fixou taxa de corte das propostas em R$ 1,8979.

Do lado externo, a recuperação do Dow Jones e do S&P 500 em Nova York no final da sessão e a queda da moeda norte-americana ante o euro pesaram para a redução da alta do dólar à vista no mercado doméstico. Na taxa máxima do dia, hoje, o dólar foi negociado a R$ 1,902. No começo do dia, além dos balanços piores do que o esperado das empresas de tecnologia, a queda do índice de sentimento do consumidor, medido pela Universidade de Michigan, para 66 em julho, de 70,8 em junho e acima da previsão, que era de queda para 64,6, também contribuiu para aumentar a pressão vendedora de ações.


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