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Dólar fecha em queda na semana

10 set 2010 às 17:27

O dólar comercial fechou hoje com queda de 0,17% a R$ 1,72, no mercado interbancário de câmbio, na menor cotação do ano e igual à registrada em 4 de janeiro. Em baixa pela quarta sessão seguida, a moeda norte-americana acumulou queda na semana de 0,75%, a despeito de o Banco Central ter retomado na quarta-feira a estratégia de realizar dois leilões diários de compra da moeda, num esforço para estancar a valorização do real. O BC vinha realizando apenas um leilão diário desde 3 de maio. No mês, a moeda norte-americana recua 2,05% e, no ano, 1,32%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista encerrou o pregão também a R$ 1,7202, recuo de 0,16%. O euro comercial registrou cedeu de 0,09% para R$ 2,187.

Hoje, o BC voltou a realizar dois leilões de compra de dólares. O primeiro entre por volta das 12h30, com taxa de corte de R$ 1,7190, e o segundo em torno das 15h40, com taxa de corte de R$ 1,7187. A atuação do BC foi suficiente apenas para reduzir a desvalorização do dólar no dia e elevá-lo do patamar de R$ 1,71, onde se manteve a maior parte da sessão, para o de R$ 1,72.


A força do real vem do fluxo esperado de recursos, por causa da capitalização da Petrobras no fim do mês e mais cerca de US$ 6 bilhões de captações diversas realizadas ou anunciadas na semana.


A desvalorização do dólar no mercado internacional também ajudou na queda da moeda ante o real nesta sexta-feira. A desvalorização ocorreu num cenário positivo, mas que inspira cautela. Apesar de bons dados sobre a balança comercial da China divulgados na madrugada, os investidores demonstraram temor em relação ao resultado da reunião de banqueiros centrais, prevista para acontecer este final de semana na Suíça, para aprovar as novas regras para o sistema financeiro internacional - Basileia 3.

O que preocupa é a possibilidade de que, como resultado das novas regras, os bancos sejam obrigados a levantar mais capital. Perturba também o mercado o fato de a China ter decidido antecipar para amanhã dados de atividade que só seriam divulgados na segunda-feira - isso aumentou os receios de que o gigante emergente promova medidas de aperto monetário.


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