O dólar comercial fechou em alta de 0,35% a R$ 1,723 no mercado interbancário de câmbio. No mês, a divisa acumula ganho de 1,23% e no ano ainda se mantém em queda, -1,15%. Na BM&F, a divisa encerrou com alta de 0,41% a R$ 1,723. O euro comercial subiu 0,77% a R$ 2,36.
Temores de um aperto monetário na China e com a dívida soberana da Irlanda minaram os preços de commodities e as bolsas no mundo todo em meio ao avanço do ouro, a volatilidade do euro e a alta generalizada do dólar ante moedas de países emergentes. No Brasil, os investidores reforçaram posições defensivas em dólar também na expectativa de que o governo poderá adotar no curto prazo medidas de controle de capital, uma vez que o comunicado assinado hoje pelos líderes do G-20 admite essa possibilidade no caso dos países emergentes que enfrentam a valorização indesejada de suas moedas em razão do aumento do fluxo de recursos externos, exatamente o que acontece com o Brasil. Os líderes das 20 maiores economias do mundo também afirmaram que vão desenvolver indicadores para medir desequilíbrios econômicos a partir de 2011.
O dispositivo a favor do "controle de capital" foi incluído no documento final da reunião do G-20 por pressão da delegação brasileira, com a intenção de legitimar medidas defensivas que começaram a ser adotadas pelo governo no mês passado e que podem ser ampliadas, caso a pressão pela alta do real continue. "Isso é absolutamente inédito", celebrou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista concedida depois da conclusão da cúpula.
Hoje o Banco Central, novamente, fez apenas um leilão de compra de moeda no mercado à vista. Na única atuação perto do fim dos negócios, o BC adquiriu dólares no mercado com taxa de corte de R$ 1,7231.