O dólar comercial fechou hoje em baixa de 0,47%, cotado a R$ 1,707 no mercado interbancário de câmbio. O dólar à vista negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) caiu 0,42%, para R$ 1,7072.
O mercado de câmbio doméstico começou a semana que antecede o Natal com liquidez e volatilidade mais fracos e o dólar em baixa ante o real. Segundo operadores de bancos e corretoras consultados pela Agência Estado, a alta dos preços de commodities favoreceu a valorização de moedas de países exportadores de matérias-primas, como o real, em detrimento do dólar. "Esse cenário num dia de fluxo cambial aparentemente equilibrado e de giro financeiro pequeno acabou pesando na formação de preço local", afirmou um profissional.
No leilão à tarde, o Banco Central comprou dólares com taxa de corte de R$ 1,7083.
No mercado internacional, o dólar não assumiu uma tendência na sessão de hoje, tendo operado em alta em relação ao euro e em baixa na troca com o iene. A moeda única da zona do euro continua sendo castigada pelas notícias negativas sobre a economia da Europa. Segundo a Comissão Europeia, o índice de confiança do consumidor da zona do euro preliminar de dezembro veio pior do que o esperado: o índice caiu em dezembro para -11,0, de -9,4 em novembro, e de expectativas de alta para -9,0. A agência Moody´s cortou hoje os ratings de vários bancos da Irlanda, após derrubar a classificação soberana do país em cinco notas na sexta-feira, mesmo dia em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a ameaça de disseminação da crise para outros países europeus é "significativa". A Moody''s alertou ainda que pode rebaixar os ratings dos bancos da Espanha.
O dólar ganhou impulso ainda da retomada da tensão na Península Coreana, disse uma fonte. Contudo, o indicador de atividade dos EUA divulgado hoje não confirmou os sinais recentes de crescimento da economia do país. O índice de atividade nacional dos EUA medido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Chicago caiu para -0,46 em novembro, de -0,25 em outubro, no sexto mês seguido de piora.