Crise
Na véspera do feriado de Corpus Christi, o dólar comercial fechou o dia em baixa de 0,71%, cotado a R$ 1,826 no mercado interbancário de câmbio. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista fechou em alta de 0,10%, a R$ 1,8311.
Após duas altas seguidas, em que acumulou valorização de 1,65%, o dólar registrou queda em relação ao real, em virtude dos bons indicadores divulgados hoje nos Estados Unidos. O euro, no entanto, segue próximo da estabilidade, já que ainda é considerado frágil.
Além do feriado de amanhã, que reduzirá a liquidez do mercado brasileiro na sexta-feira, algumas praças europeias também estarão fechadas nos próximos dias. "O mercado está muito volátil, vivendo um dia de cada vez", afirmou Felipe Brandão, da Icap Brasil.
Nos Estados Unidos, as vendas pendentes de imóveis residenciais usados subiram 6,0% em abril ante março, por conta de um incentivo fiscal do governo, segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em inglês). O aumento foi o terceiro seguido e superou as expectativas dos analistas, que esperavam ganho de 5,0%. Na comparação com abril do ano passado, quando o índice estava em 90,6, houve alta de 22,4%. O dado contribuiu para a percepção de que a crise na Europa ficará restrita àquela região.
No Brasil, o Banco Central (BC) adquiriu moedas no mercado à vista, fixando a taxa de corte a R$ 1,8335. Segundo dados divulgados hoje, no mês passado até dia 28 o BC adquiriu US$ 4,172 bilhões. Semanalmente, porém, os volumes têm sido cada vez menores.
Na semana passada, foram comprados US$ 110 milhões, metade dos US$ 208 milhões da semana anterior. Só na primeira semana de maio, o BC adquiriu US$ 3,383 bilhões com seus leilões diários, o que garantiu mais de 80% do total adquirido até o dia 28.
O BC também informou que o fluxo cambial em maio, até o dia 28, foi positivo em US$ 2,707 bilhões. No acumulado do mês, o fluxo comercial foi positivo em US$ 2,351 bilhões e o fluxo financeiro teve saldo de US$ 357 milhões.