Crise
O dólar comercial iniciou a semana em baixa de 0,15%, cotado a R$ 1,936, no mercado interbancário de câmbio e, instantes após a abertura, invertia a direção e subia 0,15%, a R$ 1,942, na máxima do dia. Na última sexta-feira (dia 26), a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,36%, a R$ 1,939.
Os investidores e analistas dos mercados financeiros continuam monitorando os indicadores econômicos, tentando mensurar a intensidade e o ritmo da retomada econômica internacional. Nesse sentido, a agenda da semana é relevante e merece atenções. Mas por aqui, ainda há a perspectiva de entradas de recursos, acirrada com a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da VisaNet, que se tornou o novo recorde da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e a maior operação global desde o agravamento da crise internacional, ao captar mais de R$ 8 bilhões. No mercado doméstico de câmbio, a emissão da VisaNet recolocou nas mesas o consenso de que a tendência do dólar ante o real é de queda.
Apesar disso, os especialistas avaliam que a importância da agenda semanal tem potencial para gerar volatilidade nos próximos pregões no exterior, arrastando o mercado doméstico de câmbio a reboque. Estão previstos dados de atividade e mercados de trabalho e imobiliário nos Estados Unidos. Na Europa, também tem números de atividade, de inflação e de desemprego e, além disso, há a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE). No Japão, o banco central do país (BOJ) divulgará a pesquisa Tankan, com o sentimento dos empresários sobre a economia local, referente ao segundo trimestre de 2009.
Enquanto aguardam os dados mais relevantes, os mercados começam a semana mostrando serenidade e tom positivo. Internamente, vale lembrar que hoje é véspera de formação da taxa Ptax (taxa de câmbio de referência do BC) para a liquidação dos contratos futuros de dólar de julho. Habitualmente, as movimentações para rolagem de posição no mercado futuro causam distorções na trajetória das cotações.