O dólar comercial abriu em alta hoje de 0,43% as negociações no mercado interbancário de câmbio, cotado a R$ 1,89. No fechamento de ontem, a moeda norte-americana havia subido 0,37% em relação ao real e ficou a R$ 1,882.
A aversão ao risco foi reavivada por novas preocupações em relação à economia chinesa na manhã de hoje, por conta de rumores de que poderia haver restrições ao crédito no gigante asiático, o que alimentou novamente as dúvidas em relação à capacidade da China em manter seu crescimento em meio à crise internacional. E a reação dos mercados resulta numa correção generalizada para cima das cotações do dólar. Não deve ser diferente no mercado brasileiro de câmbio, onde a moeda norte-americana acumula queda de mais de 4% ante o real no mês.
A proximidade do vencimento dos contratos futuros de agosto pode movimentar o mercados, influenciando nas cotações. O mercado doméstico tem refletido o fluxo de recursos positivo do segmento financeiro. E isso pode influenciar na alta esperada, como já ocorreu em pregões recentes. Hoje o Banco Central (BC) pode influenciar em decisões de negócios ao divulgar os números de entradas e saídas de dólares em julho até o dia 24. Os dados estão previstos para as 12h30.
No exterior, a cautela despertada pela China deve prevalecer pelo menos até que os mercados dos Estados Unidos ganhem fôlego e mostrem a sua reação à agenda de indicadores prevista para hoje. O indicador que inaugurou o dia foi o dado de encomendas de bens duráveis, que registrou queda de 2,5% em junho.
O Departamento de Energia (DoE) divulga suas estimativas sobre o nível dos estoques norte-americanos de petróleo bruto e derivados na semana até 24 de julho às 11h30. Às 15 horas saem os números mais aguardados, constantes do Livro Bege, que é um sumário das condições econômicas atuais que servirá de base para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano).