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Dólar comercial abre em alta, a R$ 1,975

09 jun 2009 às 21:23

O dólar comercial abriu em alta de 0,66% hoje, cotado a R$ 1,975 no mercado interbancário de câmbio. Ontem, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,25%, a R$ 1,962. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em alta de 0,41%, a R$ 1,9755.

No mercado doméstico de câmbio, a boa notícia é que o Banco Mundial revisou em alta, de 6,5% para 7,2%, a previsão de crescimento econômico da China em 2009. A má, porém, é que o mundo dos negócios continua revendo o otimismo recente e os consequentes ganhos dos ativos, influenciado pelas últimas notícias negativas em relação à economia global. E é esta última que prevalece nesta quinta-feira.


Hoje, no rastro da intensificação do sentimento de aversão ao risco, o dólar sobe ante o euro, mas não tem rumo único ante as demais moedas estrangeiras. Por aqui, essa oscilação deve prevalecer, assim como ocorreu ontem, quando a cotação do dólar no mercado interbancário fechou em baixa, enquanto na BM&F, em alta.


"O ambiente internacional piorou e deve pesar por aqui", disse um especialista, acrescentando que diante do aumento atual das incertezas, a volatilidade do mercado doméstico de câmbio tende a ser maior do que vinha ocorrendo. Ele acrescentou que será importante para a trajetória das cotações hoje a divulgação dos indicadores econômicos norte-americanos. Além disso, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, vai depor em duas comissões do Congresso para defender as propostas do governo para modernizar o sistema de regulamentação do setor financeiro, apresentadas ontem pelo presidente do país, Barack Obama.


Por aqui, o destaque é o leilão com até 35.110 contratos de swap cambial para a rolagem de contratos que vencem em 1º de julho e somam US$ 2,121 bilhões. A oferta de hoje soma valor aproximado de US$ 1,755 bilhão. O leilão acontece entre 12h30 e as 13 horas e o resultado da operação será divulgado a partir das 14h30. Ontem, o anúncio da pesquisa de demanda para a realização deste leilão ajudou a empurrar a cotação do dólar para baixo.

Vale ressaltar que na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje, há um recado que parece endereçados àqueles que estão preocupados com a taxa de câmbio. No documento, o Copom afirma que "movimentos específicos de preços de ativos só são relevantes para a política monetária na medida em que tenham algum impacto sobre a trajetória prospectiva para a inflação". No encontro da semana passada, o Copom reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto porcentual, para 9,25% ao ano.


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