O dólar comercial abriu em alta de 0,52%, negociado no mercado interbancário de câmbio a R$ 1,939. A moeda norte-americana teve forte queda no fechamento de ontem, sendo negociada a R$ 1,929, em baixa de 1,78%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F), o dólar à vista abriu em alta de 0,57%, cotado a R$ 1,94.
Depois de se empolgarem com dados mostrando melhora na atividade econômica em várias partes do globo, os investidores amanhecem tensos, aguardando os números do mercado de trabalho norte-americano. Ontem, o indicador de empregos no setor privado dos Estados Unidos ficou aquém daquilo que esperavam os analistas, ao revelar perda de 473 mil empregos em junho, ante expectativa dos economistas de corte de 400 mil.
No mercado internacional de câmbio, onde o dólar ganha valor ante as demais moedas, pesam também mais dados fracos na Europa. A taxa de desemprego na zona do euro subiu para 9,5% em maio, o maior nível desde maio de 1999. Além disso, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu 5,8% em maio ante maio de 2008, a maior queda anual desde o início dos registros comparáveis, em janeiro de 1982.
O contraponto interno é dado pelas expectativas de entradas de recursos reforçadas, ontem, pela captação da Petrobras. A empresa vendeu ontem US$ 1,25 bilhão em bônus de 10 anos com um spread (prêmio) de 332 pontos-base sobre os títulos do Tesouro norte-americano (Treasuries) comparáveis, com uma taxa de retorno de 6,875%.
Também é favorável ao País e às expectativas de fluxo de recursos positivo o dado de produção industrial que saiu hoje. A produção industrial subiu 1,3% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com maio do ano passado, a produção caiu 11,3%.