O dólar comercial interrompeu uma sequência de três dias de valorização e fechou as negociações no mercado interbancário de câmbio nesta quinta-feira em baixa de 0,90%, cotado a R$ 1,992. No mês, o dólar acumula ganho de 1,43%. A queda da taxa de câmbio pode ser atribuída à melhora de humor no mercado externo, passada a apreensão com o início da temporada de balanços financeiros, que teve a norte-americana Alcoa (produtora de alumínio) como destaque ontem à noite.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), não houve pregão hoje por causa do feriado no Estado de São Paulo. Apenas a clearing (câmara de compensação) da BM&F funcionou para atender as operações de fora de São Paulo. O volume de negócios ficou próximo de US$ 300 milhões, bem abaixo do cerca de US$ 1,5 bilhão movimentado diariamente.
A Alcoa anunciou prejuízo líquido de US$ 0,47 por ação no segundo trimestre deste ano, mais do que a previsão de US$ 0,38 dos analistas. Apesar disso, os investidores gostaram da receita, que somou US$ 4,2 bilhões, melhor que a previsão de US$ 3,93 bilhões. Também foram bem digeridos os dados de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos hoje, que caíram 52 mil na semana até 4 de julho, ante previsão de redução de 4 mil. Esses dados foram suficientes para levar as Bolsas norte-americanas a operarem no azul em quase toda a sessão hoje. O índice Dow Jones e o S&P 500 chegaram a oscilar temporariamente em baixa, mas, às 17h10, com dados preliminares de fechamento, subiam respectivamente 0,06% e 0,35%. O Nasdaq manteve-se no azul e avançava 0,31%.
No exterior, o dólar também operou em baixa, com a apreciação do euro, que às 17h10 subia 0,97%, para US$ 1,4030. Em relação ao iene, a moeda norte-americana recuava, no mesmo horário, 0,25%, para 92,88 ienes. Em relação ao real, o euro foi negociado hoje a R$ 2,796, alta de 0,43%.
O encontro do G-8 (grupo dos sete países mais industrializados, mais a Rússia), que poderia adicionar alguma volatilidade à moeda no exterior, não trouxe nenhum impacto, mesmo após o conselheiro de Estado da China, Dai Bingguo, ter defendido, durante o encontro, que o regime internacional de moedas deve ser diversificado. A Casa Branca declarou que não vê nenhuma ameaça ao status do dólar como moeda de reserva internacional, minimizando os pedidos por um conjunto mais diverso de moedas de reserva.