O dólar comercial abriu em baixa de 0,15%, negociado a R$ 1,990 no mercado interbancário de câmbio, porém logo virou e passou a subir e, por volta das 9h55 (de Brasília) ganhava 0,75%, a R$ 2,008, na máxima do dia até aquele momento. A moeda norte-americana teve forte alta no fechamento de ontem, encerrando as negociações em elevação de 1,68%, cotada a R$ 1,993. Na Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F), o dólar com liquidação à vista também abriu em baixa, mas por volta das 9h55 já superava o nível de R$ 2, sendo negociado em alta de 0,80%, a R$ 2,008, na máxima do dia.
Com grandes expectativas a respeito da temporada de balanços, que começa hoje à tarde nos Estados Unidos, com os números da Alcoa, os mercados optam pela cautela na manhã de hoje. Desde ontem, o clima que se forma para receber as informações sobre a atividade das empresas é tenso e, no mercado doméstico de câmbio, a perspectiva dos operadores é de que a escalada do dólar ante o real pode continuar hoje. No exterior, as principais bolsas operam no negativo e o petróleo perde fôlego. O dólar também se valorizava ante outras moedas, como yuan e euro.
Os investidores e o comportamento dos ativos também estão suscetíveis a notícias que possam surgir do encontro do G-8 (grupo dos oito países mais industrializados do mundo mais a Rússia). O tema que mais chama a atenção, apesar de não fazer parte da pauta oficial do encontro, é a substituição do dólar como moeda internacional de reserva.
Na agenda do dia, além da reunião do G-8 e do resultado da Alcoa, destaque para o Banco Central (BC) brasileiro, que divulga, às 12h30, os dados do fluxo cambial da primeira semana de julho. Nos Estados Unidos, às 11h35 (de Brasília), o Departamento de Energia (DOE) divulga suas estimativas sobre o nível dos estoques norte-americanos de petróleo bruto e derivados na semana até a quinta-feira passada (dia 2). Às 16 horas, o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) divulga os dados de crédito ao consumidor de maio. O Banco da Inglaterra (BoE) inicia hoje seu encontro de política monetária de dois dias, devendo anunciar sua decisão amanhã.