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Dívida brasileira é a segunda mais negociada

17 jun 2011 às 14:27

Os papéis de dívida brasileira (em moeda local e estrangeira) foram os segundos mais negociados no primeiro trimestre, girando um volume de US$ 186 bilhões, segundo a Associação de Traders de Mercados Emergentes (EMTA, na sigla em inglês). Esse volume é praticamente igual ao do quarto trimestre (US$ 185 bilhões) e 26% inferior ao total do primeiro trimestre de 2010 (US$ 254 bilhões). O total de papéis brasileiros negociados equivale a 11% do volume transacionado com instrumentos de dívida de emergentes em moeda local e estrangeira.

Os bônus globais soberanos do Brasil (em dólares) com vencimento em 2040 giraram US$ 4,6 bilhões no primeiro trimestre, quarto papel mais negociado após aos bônus de 2030 da Rússia (US$ 15 bilhões), aos bônus de 2020 do México (US$ 7 bilhões), e aos bônus de 2022 da Venezuela (US$ 5,065 bilhões).


Os papéis (em moeda estrangeira e local) com maior número de transações foram os de Hong Kong, somando US$ 225 bilhões no primeiro trimestre, 207% acima do primeiro trimestre de 2010 (US$ 73 bilhões), mas 8,9% abaixo do quarto trimestre do ano passado (US$ 247 bilhões). O volume de negócios com papéis de Hong Kong representou 15% do volume transacionado com instrumentos de dívida de emergentes em moeda local e estrangeira.


Emergentes


O volume de negócios com títulos de dívida de mercados emergentes (em moeda estrangeira e local) caiu 7% no primeiro trimestre, para US$ 1,739 trilhão, em relação ao total de US$ 1,862 trilhão negociado no quarto trimestre. Em comparação ao primeiro trimestre do ano passado, no entanto, quando o volume negociado foi de US$ 1,402 bilhão, houve aumento de 24%.


O total de negócios com papéis de dívida em moeda local foi de US$ 1,125 trilhão e respondeu por 65% do total negociado no primeiro trimestre, liderado pelos instrumentos de Hong Kong (US$ 210 bilhões), seguidos pelos brasileiros (US$ 122 bilhões). O volume de negócios com instrumentos locais é 17% superior ao total negociado no primeiro trimestre do ano passado (US$ 960 bilhões) E 14% inferior ao quatro trimestre (US$ 1,302 trilhão).


O volume de transações com papéis de dívida em moeda estrangeira subiu para US$ 589 bilhões no primeiro trimestre, 8% acima do quarto trimestre (US$ 545 bilhões) e 38% acima dos 426 bilhões do primeiro trimestre de 2010.

O chefe do departamento de pesquisa e membro do Comitê de Investimento da Ashmore Investment Management, Jerome Booth, previu que a demanda no mercado de dívida emergente continuará crescendo fortemente nos próximos anos e sobretudo nos mercados de dívida externa corporativa e nos mercados de dívida local. Segundo ele, esses mercados possuem uma "oferta altamente elástica".


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