O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse hoje que a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) não fará ajustes econômicos severos, mas apenas adotará medidas de monitoramento da política econômica. Ao deixar a residência da petista, onde esteve reunido hoje, Garcia disse que a presidente eleita lembrou que o Brasil se revelou como país com capacidade de sair sozinho da crise.
Garcia disse que Dilma já conversou com vários chefes de Estado, desde ontem, quando foi declarada vitoriosa nas eleições presidenciais. Segundo ele, ela já recebeu os cumprimentos dos presidentes de Uruguai, Colômbia, Argentina, El Salvador, Chile, Portugal e México e que todos desejaram boa sorte e a convidaram para uma visita. Hoje, Dilma também conversou com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Como a presidente eleita vai para a reunião do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo), em Seul, e o tempo é curto para a transição, ela não deve visitar nenhum país no curto prazo e deve conversar com os chefes de Estado na reunião da Coreia do Sul. Segundo Garcia, a viagem para Seul está praticamente certa. A dúvida é se ela irá junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dilma continua em sua residência, em Brasília, de onde só deve sair por volta das 19h. Ela dará entrevistas ao vivo para a Rede Record e para a TV Globo. Segundo assessores, Dilma viajará amanhã à tarde para uns dias de descanso e retornará no domingo. O local de destino da presidente eleita, no entanto, não foi revelado.