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Dilma defende instalação de indústria de navipeças

03 jun 2011 às 15:09

A presidente Dilma Rousseff transformou seu discurso, durante a inauguração da plataforma P-56, no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), em uma série de saudações. "Hoje é dia de festa", disse Dilma, do palanque, lembrando que a unidade é a que possui o maior conteúdo local entre todas as já construídas no Brasil.

Depois de fazer menções especiais aos ministros Edison Lobão (Minas e Energia) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais), além de uma homenagem especial à deputada federal Luiza Erundina, madrinha da plataforma, Dilma lembrou a história da campanha eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, quando ele abriu seus programas de TV falando à população do pátio vazio do estaleiro Brasfels, hoje tomado por oito mil trabalhadores empregados ali.


Dilma também fez referência a Lula quando frisou que houve a decisão do ex-presidente de contratar o máximo possível dentro do País. "O que o Brasil pode produzir será produzido no Brasil. Nós temos capacidade, nós podemos e nós provamos isso. No que depender de mim, vocês podem ter certeza, eu assumo e reitero mais uma vez o meu compromisso com a indústria naval brasileira", disse.


A presidente defendeu a instalação de uma indústria de navipeças no Brasil nos mesmos moldes da indústria de autopeças hoje existente no País. "Vamos lá fora buscar empresas que queiram se instalar aqui. Vamos dizer para os empresários que vierem para o Brasil que eles terão a garantia da demanda, a demanda da empresa brasileira de petróleo."


Dilma também destacou o lançamento do Programa Brasil sem Miséria, lembrando o slogan do governo de que "país rico é país sem pobreza". "Nós sabemos que o nosso País só cresceu do jeito que cresceu porque tiramos da miséria de milhões de brasileiros, que viraram consumidores e cidadãos. Nós somos um país continental, hoje a sétima economia, mas para a gente virar a quinta ou mesmo ocupar os primeiros lugares, temos que usar a nossa maior riqueza: saber que não somos um país pequeno, somos 190 milhões, que são a maior riqueza do Brasil. E neste País queremos tirar da miséria os 16 milhões que ainda estão lá." A presidente deixou o estaleiro para seguir para o Rio de Janeiro, onde tem agenda com o governador Sérgio Cabral.


Cabral fez discurso relâmpago na inauguração da plataforma e aproveitou o período de menos de dois minutos no palanque para garantir aos trabalhadores presentes que "os empregos estão garantidos" pelo montante de obras que a Petrobras deverá fazer ao longo dos próximos anos. A menção surgiu por causa de 800 demissões de trabalhadores temporários que o término das obras da plataforma provocou ao longo desta semana. A plataforma é responsável por cerca de três mil empregos dos atuais oito mil existentes no estaleiro.

A plataforma P-61, que deverá ocupar o lugar da P-56 no estaleiro, deve checar para a docagem apenas dentro de oito ou nove meses.


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