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Diesel foi o produto que gerou maior renda na indústria brasileira em 2014

19 out 2016 às 10:41

O Brasil tinha em 2014 41,2 mil empresas industriais com 30 ou mais pessoas ocupadas. Em suas 51,4 mil unidades produtivas, essas empresas comercializaram 3.441 diferentes tipos de produtos, que geraram receita de R$ 2,2 trilhões naquele ano.

Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Anual – Produto (PIA Produto 2014), que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está divulgando nesta quarta-feira (19). Os dados mostram ainda o ranqueamento da totalidade dos produtos, o valor das vendas de cada um, assim como sua posição de liderança no mercado.


O levantamento do IBGE indica que, pelo valor de venda, o óleo diesel manteve em 2014 a liderança do ranking industrial, respondendo por 3,5% dos R$ 2,2 trilhões gerados de receita pelo setor industrial – o equivalente a R$ 75,1 bilhões.


Os demais, em valor de receita e participação na renda total do setor, foram minério de ferro bruto ou beneficiados, com receita total de R$ 49,2 bilhões e participação de 2,3% do total do mercado; automóveis de cilindrada maior que 1500 cm3 e menor que 3000 cm3, com receita de R$ 43,1 bilhões e participação de 2% do total da receita do setor; e gasolina automotiva, (R$ 41,5 bilhões e 1,9%).


As informações da Pia Produtos 2014 indicam que, juntos, esses quatro produtos representaram 9,7% do total da receita do setor, o equivalente a quase um décimo do valor das vendas industriais em 2014.


Sobe e desce


O estudo constatou que, em 2014, os 100 produtos industriais com os maiores valores de venda tiveram, juntos, receita de R$ 1,11 trilhão, o equivalente a 51,6% da receita total das empresas industriais com 30 ou mais pessoas ocupadas.


Entre esses 100 produtos, os que mais ganharam posições no ranking, em relação a 2013, foram o álcool etílico, que passou da 164ª para a 80ª colocação; aparelhos de ar condicionado (da 118ª para a 75ª); latas de alumínio para embalagem (da 96ª para a 71ª); óxido de alumínio (da 66ª para a 42ª) e chapas e tiras de alumínio, de espessura superior a 0,2 mm (da 109ª para a 88ª).


Os cinco produtos que mais perderam posições desde 2013 foram: vergalhões de aço, que caíram da 60ª para a 90ª posição; máquinas para colheita (da 44ª para a 65ª); bobinas ou chapas de aços zincadas (da 72ª para a 91ª); pneus novos para ônibus e caminhões (da 68ª para a 84ª); e chassis com motor para ônibus (da 77ª para a 89ª).


Entre os 100 produtos industriais com as maiores receitas líquidas de vendas em 2014, os cinco que mais ganharam posições desde 2007 foram: chapas, bobinas e laminados metálicos (da 1416ª para a 77ª posição); adubos ou fertilizantes minerais ou químicos, fosfatados (da 718ª para a 56ª); álcool etílico (da 455ª para 80ª); biodiesel e suas misturas (da 381ª para 61ª) e cigarros (da 376ª para 59ª).


Os cinco produtos e serviços industriais que mais perderam posição nesse período, considerando as 100 maiores receitas líquidas de vendas, foram: ferro-gusa (da 31ª para a 79ª posição); vergalhões de aços ao carbono (da 44ª para a 90ª); alumínio não ligado em formas brutas (da 30ª para a 64ª); óleo de soja refinado (da 33ª para a 60ª) e sucos concentrados de laranja (da 48ª para a 74ª).


Quadro regional


Regionalmente, a PIA Produtos 2014 apontava naquele ano desempenho distinto entre os 3.441 diferentes tipos de produtos comercializados pelas 41,2 mil empresas industriais existentes no país, com 30 ou mais pessoas ocupadas.


Enquanto o óleo diesel, principal produto industrial do país, também liderava nas regiões Sudeste e Nordeste, além de ser vice-líder em comercialização no Sul, na região Norte, os líderes eram o minério de ferro e os televisores, enquanto no Centro-Oeste, as carnes bovinas, o bagaço de soja e o álcool eram os produtos predominantes.


No ano da pesquisa do IBGE, os três produtos com as maiores participações na receita de vendas industriais na Região Norte foram os minérios de ferro bruto, com 12,7%, televisores (8,2%) e refrigerantes (5,8%); no Nordeste, os três principais destaques ficaram com o óleo diesel (5%), os óleos combustíveis, exceto diesel (3,9%), e a gasolina (3%).


Enquanto no Sudeste os três produtos que lideravam as vendas eram o óleo diesel (3,7%), os óleos brutos de petróleo (3,2%) e o minério de ferro bruto (2,6%); na Região Sul estavam na liderança os automóveis (3,6%), o óleo diesel (3,5%), além das carnes e miudezas de aves congeladas (2,4%).

Os três produtos líderes de comercialização no Centro-Oeste eram carnes bovinas frescas ou refrigeradas (11,5%), bagaço de soja (9,5%) e álcool (6,7%).


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