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Desemprego não é motivo para não pagar pensão alimentícia, alerta advogada

09 ago 2016 às 10:11

A advogada Andrea Angélico Massa, do Angélico Advogados, destaca que o desemprego e a queda na renda não são motivos para a falta de pagamento da pensão alimentícia; a ação revisional do valor pode ser um caminho para solucionar o conflito

O crescimento do número de desempregados no Brasil reflete diretamente em um tema crítico. A falta de pagamento de pensão alimentícia, além de causar prejuízos à criança, pode trazer consequências sérias ao devedor.


A advogada Andrea Angélico Massa, especialista em Direito de Família do Angélico Advogados, comenta que, em um período de incertezas financeiras, onde mesmo pessoas bem-intencionadas, que não querem fugir de suas obrigações, podem ficar sem emprego e ter os rendimentos afetados. Algumas medidas podem ser tomadas para não deixar a situação fugir de controle.


"Desemprego, redução da jornada de trabalho e queda na renda não desoneram o alimentante do pagamento da pensão", destaca a advogada.


Assim, a especialista explica que o devedor - ou mesmo quem passa por dificuldades para honrar o compromisso – pode mover uma ação revisional com pedido de fixação de provisórios em valor compatível com a renda que aufere.


A divisão da custódia física dos filhos, desde que viável, é outra forma indicada pela advogada. "Além da redução das despesas e do aumento do convívio com os filhos, a divisão da custódia física pode ajudar a dissolver o mito que ainda recai sobre a mudança da guarda unilateral para a compartilhada".

Andrea Angélico Massa acrescenta outras alternativas. "O ideal é que os próprios envolvidos consigam resolver o problema, sem que um terceiro decida por eles. Assim, formas alternativas de resolução dos conflitos, como a conciliação, a mediação e a constelação sistêmica, são excelentes ferramentas".


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