O País registrou patamar recorde de desempregados na reta final do ano, um total de 12,132 milhões de pessoas em busca de uma vaga no trimestre encerrado em novembro, dentro da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado significa que há mais 3,018 milhões de desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um aumento de 33,1%. Ao mesmo tempo, o total de ocupados caiu 2,1% no período de um ano, o equivalente ao fechamento de 1,941 milhão de postos de trabalho.
Como consequência, a taxa de desemprego passou de 11,8% no trimestre até outubro para 11,9% no trimestre até novembro, também a mais alta já registrada na série histórica da pesquisa. Em igual período do ano passado, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 9,0%.
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O resultado ficou dentro do intervalo das projeções dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,60% e 12,00%, com mediana de 11,85%.
A renda média real do trabalhador ficou estável de R$ 2.032,00 no trimestre até novembro de 2016. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 178,9 bilhões no trimestre até novembro queda de 2,0% ante igual período do ano anterior.
A taxa de desemprego só não foi mais elevada porque 967 mil brasileiros migraram para a inatividade no período de um ano. O aumento na população que está fora da força de trabalho foi de 1,5% no trimestre encerrado em novembro ante o mesmo período de 2015.
Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional. A pesquisa substitui a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrangia apenas as seis principais regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produzia informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.