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Curitiba bate recorde no lançamento de apartamentos

21 fev 2011 às 19:24

Curitiba bateu o recorde histórico de unidades residenciais verticais lançadas, totalizando 10.002 novos apartamentos de janeiro a dezembro de 2010. De acordo com o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), Gustavo Selig, o montante supera em 41% o total de apartamentos lançados em 2009 (7.099 unidades) e em 155% a quantidade lançada em 2007 (3.927 unidades).

"Este grande número de lançamentos é o resultado do movimento de recuperação do mercado imobiliário na capital paranaense, que permaneceu estagnado entre 1999 e 2005, acumulando uma demanda reprimida", explica Selig. O presidente da entidade conta que a média histórica de Curitiba era de 1,8 mil unidades verticais, residenciais, lançadas por ano. "Acreditamos que nos próximos três ou quatro anos este volume deve se estabilizar, porém em um patamar superior a 3 mil unidades lançadas por ano", prevê.


Dos apartamentos novos disponibilizados no mercado, 4.910 unidades (49%) corresponderam às habitações com dois dormitórios. Em 2007, os apartamentos de três dormitórios representavam 50% dos lançamentos residenciais da capital paranaense, enquanto os de dois dormitórios não ultrapassavam 24%. No comparativo com 2007, os imóveis de dois dormitórios tiveram alta de 414%. Em relação a 2009, o crescimento foi de 34%.


Para Selig, o aumento do poder aquisitivo da população e a busca da casa própria pelos jovens foram os principais fatores que estimularam a mudança no perfil dos empreendimentos novos. "Além disso, os apartamentos de dois e três dormitórios têm área privativa praticamente igual. Imóveis com dois quartos não são mais moradias pequenas. Isto mostra que o comprador está procurando mais conforto dentro de casa", comenta. A pesquisa realizada pela Ademi-PR mostrou que a área privativa média dos apartamentos de dois dormitórios, em 2010, foi de 67 metros quadrados, e dos de três dormitórios, de 100 metros quadrados.


Entretanto, Selig acredita em uma estabilização da oferta para estes imóveis nos próximos anos. "A predominância dos apartamentos de dois e três dormitórios sempre vai existir, pelo variado perfil de compradores que eles atendem. Mas a tendência é que haja um ajuste para que todos os produtos sejam ofertados em Curitiba, evitando o excesso de habitações disponibilizadas em um único segmento", opina.


Os bairros Ecoville, Portão e Água Verde lideram a oferta de apartamentos residenciais novos em Curitiba. Em relação à faixa de preço, os imóveis standart (de R$ 200.001,00 a R$ 300 mil), e econômico (de R$ 120.001,00 a R$ 200 mil) lideraram a oferta, totalizando, juntos, 46% dos imóveis verticais disponibilizados para a venda. "O segmento econômico está sendo bem atendido. A grande demanda persiste do padrão médio para cima", comenta Selig.


Muitas unidades


O levantamento da Ademi-PR também mostrou um crescimento nos lançamentos de edifícios residenciais com mais de 300 unidades em Curitiba, que passou de 7%, em 2009, para 15%, no ano passado. Em 2006 e 2007, a capital paranaense não teve nenhum lançamento com mais de 100 unidades. "Os primeiros lançamentos começaram a surgir em 2008, com a entrada de grandes empresas no Estado. Estas companhias buscam um volume geral de vendas alto e, para isso, precisam de um grande número de unidades", explica Selig.


A participação dos empreendimentos com 100 a 300 unidades também cresceu nos últimos três anos, passando de 19%, em 2008, para 37%, em 2010. Nos próximos anos, Selig acredita que estes condomínios devem migrar para regiões mais afastadas da área central. "Hoje os grandes terrenos estão ficando mais escassos e caros, quanto mais próximos do centro", analisa.


Preço

Mesmo com o aumento da oferta, os preços não caíram na capital paranaense. O valor médio do metro quadrado, área total, teve alta de 33,6% de 2008 a 2010, passando de R$ 1.919,22 para R$ 2.564,29. "Existe um grande número de apartamentos disponíveis, mas também há uma alta velocidade de venda, o que dá o equilíbrio entre oferta e demanda e faz com que os imóveis se valorizem", avalia Selig.


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