A recessão econômica tem desestimulado a concretização de negócios entre empresas brasileiras e internacionais. Executivos e profissionais estão viajando menos, segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), entidade integrada pela Avianca, Azul, Gol e Tam. Dos bilhetes vendidos em julho, 40% foram destinados a passageiros que viajaram a trabalho. No ano passado, o motivo era predominante, com média de 60%.
A informação foi divulgada pelo diretor de comunicação da ABEAR, Adrian Alexandri, durante o 1º Worshop Gru Airport de Jornalismo em Aviação, nesta terça-feira (25). "Com a desaceleração da economia, o número de bilhetes com a finalidade corporativa diminuiu. Os dados são preocupantes porque a economia que nos sustenta", analisa.
Por outro lado, as viagens a passeio continuam em linha ascendente. Segundo ele, a situação inverteu-se - o lazer assumiu a liderança antes ocupada pelos negócios. "O crescimento se deve à forte ação de marketing realizada pelas empresas aéreas, como promoções e descontos. Cada empresa tem uma estratégia comercial. Os aviões continuam cheios, mas o cenário não é bom", reforça.
Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o preço médio das passagens aéreas é de R$ 300, sendo que 11,72% dos bilhetes são vendidos a menos de R$ 100. "Em 2002, por exemplo, esse valor era inimaginável. Vale lembrar que o querosene é um fator que pesa muito no preço final da passagem. A cada R$ 100, R$ 40 são para pagamento do combustível", detalha.
Londrina
A crise também reflete no movimento do Aeroporto Governador José Richa. Em julho, houve queda de 10% no número de passageiros que embarcaram e desembarcaram na cidade em comparação com o mesmo mês do ano passado.
*A repórter viajou a convite do Gru Airport - Aeroporto Internacional de Guarulhos.