A Igreja Católica é a nova vítima da crise de abastecimento na Venezuela. Depois da falta de papel higiênico, começa a faltar vinho para a celebração de missas.
A escassez de produtos necessários para a produção de vinho obrigou o único produtor do país a parar de vender para a Igreja.
Críticos acreditam que o problema da escassez no país está ligado ao forte controle estatal da economia e da produção interna insuficiente.
Mas o governo acusa uma conspiração liderada pela oposição e a especulação dos preços pelo problema.
"[Nosso fornecedor] Bodegas Pomar disse que não pode mais fazer o vinho porque estão enfrentando dificuldades", disse à BBC o porta-voz da Igreja Roberto Lucker.
O porta-voz acrescentou que a reserva de vinho da Igreja duraria apenas mais dois meses, e que não sabia se a Igreja poderia importar vinhos do exterior.
Ainda segundo Lucker, o problema não se limita ao vinho.
"Os fabricantes de hóstia nos disseram que vão ter que aumentar os preços porque não conseguem encontrar farinha suficiente. O trigo não é cultivado aqui - tudo isso vem do exterior", disse ele.
"Um pacote de hóstia custava 50 bolívares (16 reais), e agora custa 100."