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Crise afetará também consumo de energia no país

24 jul 2009 às 16:23

Apesar do aumento do consumo de energia elétrica, que deverá se estender ao longo do segundo semestre do ano, o país deve fechar 2009 com retração entre 0,5% e 1% na demanda por eletricidade.

A expectativa foi manifestada em entrevista à Agência Brasil pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Ele lembrou que em 2008, apesar da crise deflagrada a partir do quarto trimestre do ano, o consumo de energia fechou positivo em 3,8%


Segundo ele, neste segundo semestre do ano, isto ocorrerá, sobretudo, devido ao comportamento da demanda no primeiro semestre, que foi fraco e com grandes percentuais de queda quando comparado com os meses do primeiro semestre de 2008.


A retração só não será ainda maior em decorrência do comportamento da demanda nos setores residencial e comercial.


Comercial e residencial


"Os setores comercial e residencial, que sofreram bem menos com a crise, impediram uma queda ainda maior do consumo. São setores que foram bastante impulsionados pela dinâmica dos segmentos hoteleiro, turístico e do comércio varejista, além do setor residencial - devido às ligações do programa Luz para Todos".


Para o presidente da EPE, porém, a retomada do crescimento da demanda por energia pelo setor industrial, que de maio para junho registrou a maior expansão do ano (2,3%) fará com que o país registrou expansão crescente do consumo de energia elétrica neste segundo semestre do ano.


"Houve uma grande queda do consumo entre outubro de 2008 e janeiro deste ano e, desde então, o consumo vem crescendo. O que significa que está havendo uma reação do setor industrial brasileiro – sobretudo aquele voltado para o mercado interno, que é o mais dinâmico. Os dados de junho, portanto, são dados que nos fazem comemorar porque indicam que, provavelmente, está começando uma reação que deve acontecer ao longo do segundo semestre do ano".

A expectativa de Maurício Tolmasquim é de que, para 2010, o consumo de energia volte a patamares anteriores ao da crise, com crescimento bastante acelerado, porque a retomada do crescimento industrial que está ocorrendo agora neste segundo semestre deverá se estender ao longo de 2010.


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