Em fevereiro, os financiamentos imobiliários concedidos com recursos das cadernetas de poupança foram afetados pelo menor número de dias úteis decorrentes do feriado de Carnaval. Com isso, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somou R$ 2,95 bilhões, queda de 5,1% em relação a janeiro. Se comparado a igual mês do ano passado, também houve declínio (8,1%).
No primeiro bimestre de 2017, os financiamentos imobiliários somaram R$ 6,05 bilhões, montante 6,9% inferior em relação ao registrado em igual período de 2016.
Nos 12 meses compreendidos entre março de 2016 e fevereiro de 2017, foram destinados R$ 46,16 bilhões à aquisição e construção de imóveis com recursos das cadernetas de poupança do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), queda de 30,6% em relação ao apurado nos 12 meses precedentes.
Em fevereiro, foram financiados 12,2 mil imóveis nas modalidades de aquisição e construção, queda de 7,1% em relação aos 13,2 mil imóveis financiados em janeiro. Comparativamente a fevereiro do ano passado, as concessões recuaram 16,7%.
No primeiro bimestre de 2017, foram financiados 25,41 mil imóveis, queda de 9,8% em relação a igual período de 2016, quando foram financiadas 28,18 mil unidades pelo SBPE.
Tomado um período mais dilatado, o financiamento imobiliário viabilizou a aquisição e a construção de 196,92 mil imóveis em 12 meses, até fevereiro de 2017, queda de 33,7% relativamente aos 12 meses anteriores.
Os saques nas cadernetas de poupança superaram os depósitos em R$ 490 milhões, em fevereiro, mas cabe notar que em igual período de 2016 a captação líquida negativa de R$ 6,74 bilhões havia sido muito mais intensa do que em fevereiro deste ano.
Em termos líquidos, a captação de poupança dos agentes do SBPE no primeiro bimestre foi negativa em R$ 9,2 bilhões, comparativamente aos de R$ 16,25 bilhões de igual período do ano passado.
Embora em ritmo lento, crescem os sinais de que após dois anos de queda do Produto Interno Bruto (PIB), a economia doméstica começa a se recuperar. E com a inflação convergindo para a meta combinada com a redução acelerada do juro básico, a competitividade das cadernetas de poupança tende a crescer ao longo de 2017.
O comportamento dos saldos nominais já é mais favorável: em fevereiro, por
exemplo, a captação líquida ligeiramente negativa foi compensada com folga pelo crédito de rendimentos. Com isso, o saldo aplicado nas contas de poupança do SBPE atingiu R$ 513,0 bilhões, crescimento de 2,8% sobre fevereiro de 2016, que contrasta com a queda de 3,7% registrada entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2016.