O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou o encerramento da greve nos Correios e aprovou um reajuste de 6,5% nos salários da categoria. O aumento vai ser retroativo à agosto e o percentual deve ser aplicado também aos benefícios dos trabalhadores, como vale-alimentação, vale cesta, vale transporte, vale extra no final do ano, reembolso creche e babá, reembolso para dependentes de portadores de necessidades especiais e gratificação de quebra de caixa. Os dias parados podem ser compensados em até seis meses.
A diretora do sindicato que representa a categoria em Londrina, Juliana de Almeida Righeti, afirmou que a negociação "não terminou exatamente como a gente esperava, mas foi um pouco melhor do que a oferta da empresa". Os representantes dos Correios ofereceram um reajuste de 5,2%. Já o sindicato reivindicava aumento de 33% para reposição das perdas salariais, além de 10% relacionado à inflação acumulada e reajustes em outros benefícios.
"Uma das grandes vitórias foi conseguir manter o plano de saúde como está", explicou Juliana. Segundo ela, a empresa pretendia retirar o plano dos aposentados, excluir pais e mães dos funcionários do plano de saúde e ainda implantar uma mensalidade. Agora, segundo a diretora do sindicato em Londrina, vai ser montada uma comissão formada por representantes da empresa e dos empregados para discutir possíveis alterações.
A paralisação durou nove dias, mas a adesão foi baixa entre os funcionários de Londrina. No último final de semana, foi realizado um mutirão para a entrega de cartas e de encomendas. Alguns funcionários também receberam hora extra durante a paralisação. Com isso, não houve acúmulo dos trabalhos.
Conforme informações repassadas pela assessoria de imprensa dos Correios, dos 120 mil empregados em todo o país, 11.825 aderiram ao movimento grevista. Os representantes de sindicatos que orientarem os funcionários dos Correios a descumprirem a decisão do TST podem ser multados em R$ 20 mil por dia.